Uma luta diária, mas penso que...

OPINIÃO - Marcos Alves Borba

Data 07/09/2022
Horário 05:00

Penso que o momento será o ideal para falarmos sobre qualquer coisa, desde que tenhamos a consciência do que queremos e de onde pretendemos chegar. Penso que poderia estar explodindo de tanto tédio e angústia, por ter estudado, batalhado tanto, procurado ter uma profissão, e que por determinados ciclos da situação, não somos congratulados de nossa capacidade formada, ainda.  
Penso que falar sobre atividade física no momento, apesar da ciência nos provar a cada período sua importância de se manter ativo, mesmo muitos sabendo e poucos praticando, ainda não temos um povo sadio. Penso que falar sobre economia, mesmo seguindo orientações de especialistas, nos cabe a sensibilização de sentir quem recebe um salário mínimo não seria insano de ultrapassar seus gastos daquilo que ganha, e mesmo assim alguns não se sustentam com isso, e muitos ainda não recebem nem a metade disso. 
Penso que falar de educação, continuamos patinando em achar qual melhor alternativa de ensino, e ainda iremos percorrer um longo caminho, apesar de muitos não terem um mínimo de escolaridade. Penso que falar de política, mesmo sabendo dos falatórios e promessas não cumpridas, adotamos uma certa ignorância igual, se não tentarmos tirar um mínimo de quem não se exalta tanto. Penso que não falar de consciência e de adversidade, é sermos inanimados em certos momentos, devido a um tempo inútil gasto naquilo de não considerarmos todos como seres humanos. 
Penso que falar de saúde é percorrer os lugares mais simples e tentar entender os que não têm o mínimo de saneamento básico, pois ali nossa base estremece. Penso que falar sobre desemprego é repensar que muitas profissões já se estagnaram, enquanto outras novas estão por vir, e mesmo assim não podemos menosprezar jamais aqueles que somam aos mais simples e não tiveram seus méritos, pois continuam na luta do que pode vir. Penso que...
Quiçá, até nossa incansável luta diária nos perdoe por um período de desgaste emocional gigante, pois o mundo continua enfermo dos que querem sempre estar em evidência, incitando e provocando os menores em ser desiguais. Os aprendizados de cada área servem para nos reavaliar e agir conforme as necessidades existentes, e mesmo assim, poucos tentam essa mudança em prol dos que realmente precisam. 
Hoje, 7 de setembro, um marco nacional, onde no ano de 1822, D. Pedro I proclamou o grito de independência às margens do Rio Ipiranga. Assim, nos remete a um cenário do que poderemos enfrentar se ficarmos inertes do que vem acontecendo. Temos isso como um símbolo de que a necessidade é se sentir verdadeiramente honrado aos que deixaram na história o que realmente deve ser, isto é, um ato de força, coragem, ordem e progresso ao nosso querido país chamado Brasil, que diariamente luta e tenta a sua melhor versão.
 

Publicidade

Veja também