Vivemos atualmente um dos momentos mais delicados de nossa história. E que se contradiz de uma normalidade absurda, desde que os próprios interesses estejam vinculados a uma proposta futura! Isso já é cultural! Um pacto que segue seu ritual, no qual podemos chamar de normose, o que já era previsto! Tempos atrás, toda aquela falácia de argumentos enobrecidos, tenha de alguma maneira demonstrado uma certa fragilidade de ambos durante aqueles encontros. Verdadeiramente, toda essa postura vinculada aos interesses já premeditados de muitos, já não mais nos surpreende devido às rotinas naturalizadas diariamente. Esse é o verdadeiro cenário nacional da grande desconfiança geral do que vem acontecendo, do que estamos presenciando a cada instante, em vários ambientes, e que infelizmente não sabemos até quando...
Evidente que com a implantação de novas plataformas digitais, essas que faz com que as informações nos cheguem de maneira avassaladora. E, que às vezes, se não tivermos um certo equilíbrio, se não abdicamos de nossos impulsos, repassamos adiante o que nos foi transferido. Isso seja qual for o conteúdo recebido. Desde que isso cause impacto e pensemos que fomos beneficiados com aquela informação, o que reforça uma certa comparação dos fatos. Eminentemente a tudo isso, sempre nos vem o politicamente correto das pessoas vinculadas aos seus padrões de partidos, esses que até certo tempo tinham seus compromissos de alianças fechados na intenção de fazer as coisas realmente acontecerem. Mas que, até pouco tempo suas vestes, mesmo no terno puro linho ou de algodão sedado, mantinham sua conduta de seriedade e realizador. Isso não existe mais. Isso, não convence mais.
Recentemente vi uma imagem comparativa, quanto ao Papa Francisco (in memoriam) e ao Papa Bento XVI, que quando foi eleito o novo pontífice, dias depois renunciou. Nessa imagem de ambos, o contraste é nítido: de um lado, o luxo e a sofisticação que por séculos simbolizaram o poder da Igreja; do outro, a simplicidade quase despretensiosa de um homem que escolheu viver com menos para se conectar com mais gente. Que escolheu o caminho da escuta, do cuidado e da presença.
Num tempo de grandes ruídos, extremos e polarizações, uma voz firme — mas afetuosa — nos lembrou do essencial: a fé que não toca o humano não cumpre sua missão. Tenhamos profunda admiração por tudo o que ele representa: um olhar mais humano sobre a fé, sobre o outro e sobre o mundo. Mesmo cada um com suas crenças, saibamos respeitar os que assim desejam pra si.
Numa contestação geral, sem ou com o estado de direito, o mundo ouviu o quanto ainda estamos longe de nos tornar um país menos falsificador de suas ações, principalmente se tratando de nossos gestores públicos. Estejam eles ligados a qual sigla que o represente hoje, pois caso o interesse lhe convém de outras possibilidades, nada os impedem de mudar de lado. Num mundo cada vez mais individualista daquilo que valha a sua intenção, saibamos glorificar a cada dia, mesmo que nossa crença leve um tempo. Essa tão normose realidade de hoje, que não seja e nem vire regras.