Vacinação contra a pólio: é preciso mais responsabilidade!

EDITORIAL - DA REDAÇÃO

Data 09/10/2022
Horário 04:29

É difícil compreender o que tem levado tantos pais a negligenciar algo tão sério e crucial como a vacinação de seus filhos. É inadmissível tamanha falta de responsabilidade. O Brasil é referência mundial quando o assunto são campanhas de imunização. E não é à toa. Com dimensões continentais, é preciso know-how para administrar, gratuitamente, doses para toda a população. Mas, infelizmente, muitas pessoas têm deixado de colocar em dia suas cadernetas de vacinação, expondo a risco a saúde da coletividade.
A campanha de vacinação contra a poliomielite é um retrato desta triste realidade. A ação foi prorrogada pelo Ministério da Saúde, simplesmente porque muitos pais não levaram seus filhos para se imunizar. A pólio foi erradicada no Brasil graças ao uso de vacinas, sendo que o último caso diagnosticado no país ocorreu em 1989. A vacina oral contra a poliomielite é extremamente importante para evitar que a doença volte a afetar as crianças de 1 a 4 anos, mas parece que muitos pais não se deram conta disso.
Somente quem viveu na época em que crianças eram acometidas pela poliomielite, muitas ficando com a tão temida paralisia, sabe o quanto a vacinação é importante. Todos devem se conscientizar que a doença pode ocasionar imobilidade ou enfraquecimento de braços, pernas ou ambos, levando a graves sequelas. 
No Brasil tem sido observada queda progressiva na cobertura vacinal contra a poliomielite nos últimos anos, sendo o país considerado recentemente pela Organização Panamericana de Saúde como de alto risco para reintrodução da doença. Em Presidente Prudente e em cidades regionais, o cenário não é diferente. Na maior cidade da região, o avanço da cobertura vacinal contra a poliomielite segue lento. Desde a prorrogação da campanha nacional, anunciada em 30 de setembro, o índice de imunização passou de 51,9% para 56,7%, sendo que a porcentagem segura para manter a erradicação da doença deve ser igual ou superior a 95%. Portanto, pais e responsáveis, se conscientizem e levem seus filhos para tomar a vacina! As crianças não vão por si mesmas. Elas dependem de vocês para se protegerem contra a pólio e outras doenças, cuja eficácia da vacinação é inquestionável.

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