Vazão da usina hidrelétrica de Porto Primavera chega a 4,3 mil m³/s

Índice, que havia sido reduzido diante da escassez hídrica, vem sendo aumentado desde sábado após nova determinação do ONS

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 25/08/2021
Horário 16:50
Foto: Cesp
Companhia aumentou vazão defluente da Usina Hidrelétrica Porto Primavera, em Rosana
Companhia aumentou vazão defluente da Usina Hidrelétrica Porto Primavera, em Rosana

A Cesp (Companhia Energética de São Paulo) informou que a vazão defluente da UHE (Usina Hidrelétrica) Porto Primavera, em Rosana, chegou a 4.300 m³/s (metros cúbicos por segundo) nesta quarta-feira.

Conforme noticiado por O Imparcial, o índice vem sendo aumentado desde sábado. Antes disso, estava estabilizado em 2.900 m³/s desde 26 de junho devido à escassez hídrica.

Em atendimento à nova determinação do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), a vazão defluente da usina foi aumentada no sábado para até 3.200 m³/s, e na segunda-feira para até 3.500 m³/s. Já na terça, para até 3.900 m³/s e, agora, para até 4.300 m³/s.

Com esse novo cenário, a expectativa era que o nível do curso do rio à jusante da UHE Porto Primavera (medido na régua instalada logo abaixo da usina) aumentasse em até 15 cm na terça e até 19 cm adicionais nesta quarta.

"A companhia reforça o seu compromisso com a sociedade, trabalhando pautada no desenvolvimento sustentável e na preservação da biodiversidade nas regiões em que mantém operações. A Cesp reitera a importância de suas premissas socioambientais e assegura cumprir rigorosamente as leis vigentes", afirma a empresa.

Escassez hídrica

Testes de flexibilização da vazão estavam sendo realizados em consequência da maior crise hídrica dos últimos 91 anos. Diante da falta de chuva dos últimos meses e a preocupante situação nas principais bacias hidrográficas do país, o governo federal determinou uma série de medidas mitigatórias para enfrentamento da escassez hídrica vivenciada e seus impactos diversos.

Os testes na UHE Porto Primavera previam a redução da vazão defluente como forma de preservar o estoque de água das usinas com reservatórios de acumulação localizadas à montante e, assim, passar o período seco mantendo a governabilidade da cascata.

Todo o processo, segundo a companhia, estava sendo conduzido de forma controlada e monitorada constantemente, com envio diário de relatos para os órgãos ambientais e regulatórios, seguindo plano de trabalho devidamente aprovado e acompanhado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Com a realização da operação, o nível de água no curso do Rio Paraná diminuiu cerca de 45 cm, de acordo com régua de medição instalada abaixo da usina de Porto Primavera.

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