A Cesp (Companhia Energética de São Paulo) informou que a vazão defluente da UHE (Usina Hidrelétrica) Porto Primavera, em Rosana, chegou a 4.300 m³/s (metros cúbicos por segundo) nesta quarta-feira.
Conforme noticiado por O Imparcial, o índice vem sendo aumentado desde sábado. Antes disso, estava estabilizado em 2.900 m³/s desde 26 de junho devido à escassez hídrica.
Em atendimento à nova determinação do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), a vazão defluente da usina foi aumentada no sábado para até 3.200 m³/s, e na segunda-feira para até 3.500 m³/s. Já na terça, para até 3.900 m³/s e, agora, para até 4.300 m³/s.
Com esse novo cenário, a expectativa era que o nível do curso do rio à jusante da UHE Porto Primavera (medido na régua instalada logo abaixo da usina) aumentasse em até 15 cm na terça e até 19 cm adicionais nesta quarta.
"A companhia reforça o seu compromisso com a sociedade, trabalhando pautada no desenvolvimento sustentável e na preservação da biodiversidade nas regiões em que mantém operações. A Cesp reitera a importância de suas premissas socioambientais e assegura cumprir rigorosamente as leis vigentes", afirma a empresa.
Testes de flexibilização da vazão estavam sendo realizados em consequência da maior crise hídrica dos últimos 91 anos. Diante da falta de chuva dos últimos meses e a preocupante situação nas principais bacias hidrográficas do país, o governo federal determinou uma série de medidas mitigatórias para enfrentamento da escassez hídrica vivenciada e seus impactos diversos.
Os testes na UHE Porto Primavera previam a redução da vazão defluente como forma de preservar o estoque de água das usinas com reservatórios de acumulação localizadas à montante e, assim, passar o período seco mantendo a governabilidade da cascata.
Todo o processo, segundo a companhia, estava sendo conduzido de forma controlada e monitorada constantemente, com envio diário de relatos para os órgãos ambientais e regulatórios, seguindo plano de trabalho devidamente aprovado e acompanhado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
Com a realização da operação, o nível de água no curso do Rio Paraná diminuiu cerca de 45 cm, de acordo com régua de medição instalada abaixo da usina de Porto Primavera.