Venceslau e Teodoro Sampaio manifestam interesse em sediar central do SAMU

Em reunião em Prudente, grupo condutor foi constituído para formatar projeto e encaminhar para aprovação dos municípios participantes

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 01/10/2025
Horário 16:32
Foto: Fabio Reis/Comunicação Ciop
Reunião sobre implantação do SAMU na região ocorreu nesta terça, em Prudente
Reunião sobre implantação do SAMU na região ocorreu nesta terça, em Prudente

Mais um passo foi dado rumo à implantação do SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) na região de Presidente Prudente. Prefeitos, secretários de saúde e equipes técnicas dos municípios estiveram reunidos em Prudente, nesta terça-feira, para discutir os custos do projeto e analisar os locais de implantação da CRU (Central de Regulação de Urgências) e das bases descentralizadas. 

Ao final da reunião, um grupo condutor de 20 profissionais técnicos e responsáveis pela saúde dos municípios foi constituído para formatar o projeto e encaminhar para aprovação dos municípios participantes. 

Duas cidades manifestaram interesse em sediar a CRU, que recebe os chamados e direciona os atendimentos: Presidente Venceslau e Teodoro Sampaio. O projeto prevê a divisão das 20 bases descentralizadas em cinco regiões, com o objetivo de instalar sete USAs (Unidades de Suporte Avançado) e 20 USBs (Unidades de Suporte Básico). 

O prefeito de Teodoro Sampaio, Juninho Poceiro (União), destacou a urgência do serviço: “Meu município está a mais de 100 quilômetros de Prudente, que é a referência para esse tipo de atendimento. Ter o SAMU acelera o tempo de resposta e faz com que o paciente tenha mais chance de sobreviver. É preocupante o fato de só a nossa região não contar com isso no Estado de São Paulo”. 

O secretário de saúde de Anhumas, Mario Henrique Machado, reforçou o coro: “Somos a única região do Estado de São Paulo que não tem o SAMU. Enquanto enfermeiro, entendo que esse é um serviço essencial, pois quem ganha é a população, com atendimento especializado e de qualidade já no local da ocorrência”. 

Cláudio Monteiro, diretor de saúde do Ciop (Consórcio Intermunicipal do Oeste Paulista), ressaltou o caráter colaborativo necessário para tirar a ideia do papel. “É um projeto muito denso e que demanda um trabalho a muitas mãos. Estamos nos unindo para trazer mais qualidade no atendimento à saúde da população”, destaca. 

O projeto abrange 45 municípios do DRS (Departamento Regional da Saúde) 11 além de Bastos e Flórida Paulista (DRS-10), totalizando o atendimento a mais de 800 mil pessoas. 

Complemento à saúde

O SAMU é uma central de regulação que tem por objetivo encaminhar o tipo de ambulância correto para cada ocorrência e, assim, já iniciar o atendimento ao paciente no local para, posteriormente, encaminhá-lo à unidade de saúde que tem melhor capacidade de atendê-lo. 

Dessa forma, o SAMU não visa substituir os serviços de ambulância já existentes nos municípios, que continuam atendendo dentro da sua rotina. Pelo contrário, é um serviço que complementa a saúde da região. “É importante ressaltar que o SAMU vem para somar, não para substituir serviços já existentes, são mais ambulâncias chegando à região para melhorar as chances de sobrevivência dos pacientes e diminuir os riscos de sequelas”, afirmou Cláudio Monteiro. 

Como o SAMU funciona?

O SAMU possui uma CRU que recebe todos os chamados e direciona qual tipo de veículo deve se deslocar para a ocorrência. Existem dois tipos de ambulância: a USB (Unidade de Suporte Básico), com condutor socorrista e técnico de enfermagem, e a USA (Unidade de Suporte Avançado), que conta com condutor socorrista, médico e enfermeiro. Ambas as unidades iniciam os protocolos de atendimento no local.

Após a avaliação, a CRU informa o destino mais adequado para o paciente, considerando a localização e a capacidade da unidade de saúde para atender a ocorrência. Esse processo evita deslocamentos desnecessários e diminui as filas e a lotação nos hospitais.

O SAMU também conta com um NEP (Núcleo de Educação Permanente), responsável por treinamentos e capacitações contínuas das equipes.

Próximos passos

Os municípios têm agora até o dia 10 de outubro para analisar os custos e formalizar o interesse ou a desistência de participação no projeto. Enquanto isso, o grupo condutor fará o desenho final do projeto para dar sequência nos trabalhos.

Publicidade

Veja também