Depois de ficar sem receber a conta de água entre janeiro e abril deste ano, devido um impasse referente à empresa que prestava o serviço de aferição dos hidrômetros, moradores de Martinópolis se assustaram com os valores cobrados pelo consumo de água nos meses em que a leitura ficou prejudicada. A Prefeitura iniciou neste mês a cobrança atrasada das contas e os valores foram parcelados em seis vezes, sem qualquer incidência de juros, multa ou correção monetária. No entanto, a população reclamou e essa queixa fez com que a Câmara aprovasse um requerimento cobrando explicações do Executivo com relação à metodologia utilizada na cobrança.
De autoria de cinco vereadores do município, o requerimento foi aprovado por unanimidade na noite de anteontem, durante sessão ordinária, e encaminhado ao Executivo. Entre os questionamentos, os parlamentares querem saber qual a metodologia utilizada na cobrança do consumo de água no município nos meses em que a leitura dos hidrômetros ficou prejudicada. Eles querem que a Prefeitura explique "se o valor do metro cúbico levou em consideração a totalidade, uma média aritmética dos meses ou outro método".
Isso porque, de acordo com a vereadora Fernanda Xavier Passos Crepaldi (DEM), que também assinou o documento, os vereadores teriam sido procurados por diversos munícipes, que reclamaram dos valores praticados pelos meses de janeiro a abril. "A população tem nos procurado reclamando das contas de água que ficaram para trás. Muitos acham que tem algo de errado, que os valores estão elevados, então, nossa intenção é saber se realmente há esse erro e como essas pessoas podem checar essas questões", comenta.
Questionamentos
Além das questões metodológicas, o requerimento pede também que a Prefeitura esclareça algumas dúvidas com relação à demanda de reclamantes, bem como ao percentual de inadimplentes e eventuais casos de problemas nas cobranças.
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O Imparcial, o problema relacionado à conta de água em Martinópolis teve início em janeiro, quando a empresa, que anteriormente fazia a leitura dos hidrômetros, não encaminhou o banco de dados dos contribuintes ao Daem (Departamento de Água e Esgoto de Martinópolis). A partir daí, a população ficou sem receber as contas até o mês de abril, quando uma nova empresa foi contratada.
Em contato com a Assessoria de Imprensa da Prefeitura, o órgão informou que "o requerimento com os questionamentos acerca da tarifa de água foi encaminhado para o Daem, para que o mesmo, no prazo de 30 dias, possa responder os questionamentos ora mencionados".