Veterinária dá dicas para proteger pets nos dias muito quentes 

Médica veterinária Maiara Almeida relata que manter animal hidratado é essencial; especialista também indica que passeios e atividades devem ser feitos no início da manhã ou à noite

PRUDENTE - CAIO GERVAZONI

Data 27/02/2022
Horário 15:29
Foto: Freepik
Manter animal sempre hidratado é essencial
Manter animal sempre hidratado é essencial

O cuidado redobrado em dias muito quentes na região de Presidente Prudente não se reserva apenas aos seres humanos. Os animais de estimação também devem ter cuidado especial por parte de seus tutores. Pensando nisso, a reportagem conversou com a médica veterinária Maiara Almeida para saber quais são as dicas para proteger os bichanos nos dias de muito calor. 
A especialista relata que, acima de tudo, é essencial manter o animal hidratado. Maiara pontua que há maneiras de deixar a água mais fresca para o consumo do bichinho. “O tutor pode promover a hidratação ao pet oferecendo água fresca com cubinhos de gelos, lembrando que o ideal não é oferecer uma água tão gelada como nós, seres humanos, somos acostumados a tomar, mas sim uma água fresca com uma pedrinha de gelo já é o suficiente”, explica. 
A veterinária também indica que outra boa forma de hidratação é oferecer ao animal frutas picadas. “Morango, banana, maçã sem a semente, melão são ótimas maneiras de hidratação. Pode picar e colocar dentro de forminhas de gelo, ou até copos plásticos”, conta Maiara. “As rações úmidas de sachês também são uma boa opção aos pets”, completa. 
Outra dica que a veterinária sugere para aliviar o calor dos animais é fazer brincadeiras com água. “Se esse animal não tem medo de borrifadores, borrifar água pode ser divertido e refrescante”, aponta a profissional. Segundo ela, molhar o animal por completo também é uma forma de refrescar, mas o ideal é que não seja direto. 

Passeios e atividades

“Evitar passeios e atividades físicas em horários muitos quentes, sempre buscando no início do dia até no máximo umas 8h, e no final do dia, após as 18h, que é quando o sol já se escondeu”, atenta Maiara.
A veterinária elucida que é importante lembrar que as almofadinhas das patas dos pets são muito sensíveis e, por isso, antes do passeio é sempre importante que o tutor verifique a temperatura do solo. “O tutor pode colocar a palma da mão no chão e deixar por alguns instantes, se a pessoa conseguir deixar a palma da mão tranquilamente sem queimar, ela pode realizar o passeio com segurança com seus pets”, recomenda a especialista.

Ambientes climatizados

“Desde que seja utilizado com moderação, não existe nenhuma contraindicação”, introduz Maiara, ao falar sobre a presença de animais em ambientes climatizados. A médica veterinária explica que a presença do animal em um ambiente climatizado com ar-condicionado irá trazer bem-estar ao bichano, porém, a especialista pontua uma ressalva. “O ideal é deixar a temperatura o mais confortável possível a eles, evitando temperaturas muito baixas. A única ressalva para esse caso é para os filhotes que possuem o sistema imunológico frágil e para os animais idosos com desbalanceamento de temperatura corporal e articulações atrofiadas”, explica a especialista.
Segundo Maiara, existe atualmente no mercado alguns sapatinhos para pets, no entanto há algumas considerações na utilização destes acessórios. “Não significa que por estar utilizando um sapatinho o pet pode passear em horários de sol muito quente, e também dependendo do material que esses sapatinhos são feitos, e usados em chão muito quente, pode derreter e grudar nas patinhas do animal levando a queimaduras”, alerta.

Transpiração do pet

Maiara explica que os pets não transpiram como os seres humanos, já que estes animais possuem pouquíssimas glândulas sudoríparas (produtoras de suor). “Uma forma que esses pets buscam para fazer a troca de calor é aumentando a respiração, ou seja, ficam ofegantes, sendo assim, expulsando o ar quente para fora e respirando um ar frio”. Conforme indica a veterinária, quando o ambiente está muito quente, o animal pode ficar com a temperatura do corpo acima dos 40ºC. “Esse ar que está entrando não é mais frio, e o pet não vai mais conseguir fazer a troca de calor corretamente. Nesse momento, o animal pode entrar em uma hipertemia. Vale lembrar que esse sistema de respiração é menos eficiente do que a transpiração”, expõe a veterinária. 

Sinais de hipertemia

Por fim, a veterinária enfatiza alguns sinais clínicos da hipertemia em um pet. “O animal pode apresentar hipersalivação, uma respiração ofegante acima do normal, vômitos, pele muito quente, batimentos cardíacos elevados, indisposição e cansaço”, indica. Maiara pontua que tutores de cães braquicefálicos - aquelas que possuem o focinho curto - como os shih-tzu, lhasa apso, pug e buldogue francês, devem ter os cuidados redobrados pois a hipertemia “ocorre mais rapidamente”.

Foto: Reprodução/Instagram

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