A Microsoft (uma das maiores empresas de tecnologia da Terra) apresentou uma patente (processo que a qualifica como proprietária e idealizadora) inovadora chamada de Ubergismo, que irá levantar muitas discussões para os próximos anos.
Com o objetivo de permitir que você converse com alguém que já faleceu, a empresa desenvolveu uma solução que irá coletar os famosos “dados sociais”, imagens, dados de voz (aqueles áudios que você manda no grupo da família), postagens das redes sociais, emails e demais formas que são utilizadas para comunicação e irá agrupar em uma tecnologia denominada de chatbots.
A tecnologia chatbot é um programa que funciona em diversas aplicações, seja em um site, aplicativo ou um hardware, e permite ser inserido em um determinado contexto, como, por exemplo: Você entra em um site da sua operadora de celular, e aparece no canto inferior um balãozinho de conversa dizendo: Olá! O que você deseja? Em seguida, você escreve: Quero a segunda via do boleto. O próprio chatbot já pede seu CPF e, assim que você digitar, automaticamente é feita uma busca no banco de dados da empresa que gera a segunda via do boleto para você, ou seja, sem a intervenção humana.
Há diversas outras aplicações para o chatbot, inclusive com IA (Inteligência Artificial), onde o chatbot vai aprendendo, armazenando e resolvendo problemas mais complexos.
Bom, mas voltando à tecnologia da Microsoft, que ainda não tem nome, ela pretende fazer com que nós conversemos com nossos amigos, parentes ou qualquer pessoa que tenha seus dados inseridos na nova tecnologia.
Vai funcionar mais ou menos assim, pelo menos na minha imaginação: Você quer ver com a tua mãe (já falecida) quando será o aniversário do seu irmão. Assim é só enviar uma mensagem para o próprio número de WhatsApp dela, que o sistema irá buscar na base de dados e responder mais ou menos assim: Filhinho, o irmãozinho já fez aniversário este ano, só no próximo ano. Quer que eu avise você no próximo ano um dia antes para você ligar para ele?
Outra possibilidade é você ligar para a sua mãe, e ela mesma atender, a voz dela será decodificada e tudo que “ela” falar será o algoritmo lendo um texto que foi produzido no mesmo segundo, mas com a voz da sua mãe. Se você reparar, você consegue ouvir textos escritos através de uma ferramenta do próprio Google, a diferença é que a voz será da sua mãe.
Você também poderá treinar o chatbot para ser você mesmo, para você conversar com você mesmo, ou deixar para que seus familiares interajam com você mesmo depois de não estar mais neste plano.
Concordo que no começo tudo parece muito assustador, mas com o tempo a ideia será bem recebida por todos.