Violeiros mirins de Nantes se apresentam no HRC

Grupo tocou música caipira para pacientes e acompanhantes no Hospital Regional do Câncer, em Prudente, ontem

PRUDENTE - BIANCA SANTOS

Data 10/08/2017
Horário 12:44
Marcio Oliveira, Treze crianças e adolescentes se apresentaram na tarde de ontem, no Hospital do Câncer
Marcio Oliveira, Treze crianças e adolescentes se apresentaram na tarde de ontem, no Hospital do Câncer

A tarde de ontem foi marcada por uma apresentação musical de 13 violeiros mirins do grupo “Unidos pela Viola”, de Nantes, no HRC (Hospital Regional do Câncer) de Presidente Prudente. De acordo com o idealizador e professor das crianças e adolescentes, Antonio Paulino, Toinho, os patrocinadores do seu projeto são os próprios pais dos estudantes, que auxiliam na obtenção dos instrumentos, manutenção e compra das camisas das apresentações.

A violeira de 9 anos, Maria Antonia Machado dos Santos, conta que entrou no projeto há um ano e está feliz em poder alegrar a vida dos que estavam assistindo a apresentação. “Todos somos iguais e merecemos nos sentir felizes e transpassar felicidade para os outros, inclusive, todos os anos, eu corto o cabelo para doar ao hospital”, comenta. Segundo Maria Antonia, seu interesse por tocar viola surgiu quando a prima começou a frequentar as aulas do instrumento e desde então, a viola se tornou sua companheira inseparável. Já a adolescente de 13 anos, Kauany Vitória Morais, comenta que o sorriso das pessoas que assistiam a apresentação do grupo é o que mais a motiva a continuar levando música para os locais. “Eu sempre acompanhava o meu pai e amigas tocando viola e senti vontade de aprender. Nos apresentando aqui no hospital deixaremos as pessoas doentes mais felizes e divulgaremos o grupo, para que nos chamem mais vezes”, expõe.

Conforme Kauany, ela já foi se apresentar em outras ocasiões nos municípios de Nantes, Maracaí, Iepê e Taciba, por exemplo, e se sente feliz por ser reconhecida. “Me falaram para investir na carreira e eu vou continuar nessa área da música caipira, que é o meu sonho. As músicas consideradas de raiz trazem ensinamentos de vida, ao contrário do que se encontra atualmente”, considera.

Para quem acompanhava a apresentação foi uma experiência emocionante, como é o caso do aposentado Cícero Amancio de Souza. “Achei ótima a apresentação, ouvindo as músicas pessoalmente é melhor do que pelo rádio. Estou fazendo tratamento há três semanas e posso dizer que uma das canções apresentadas, “Caminheiro”, recorda a minha juventude na região norte”, diz.

 

História

O “Unidos pela Viola” recebe o auxílio dos pais dos violeiros mirins e conta com 73 alunos no projeto. As aulas são ministradas na área da casa do idealizador em Nantes e divididas em grupos, porém, para participar, a pessoa deve possuir bom desempenho escolar. Segundo Toinho, a ideia do projeto surgiu quando começou a aprender tocar viola e prometeu que quando tivesse domínio suficiente ele ensinaria a outras pessoas. “São aulas gratuitas e, por enquanto, não recebemos auxílio da Prefeitura, apenas para o transporte de hoje, mas temos assegurado que o Executivo nos ajudará. As crianças, eu ensino há um ano, já os adultos, há três anos”, conta. O objetivo dessa apresentação, conforme o idealizador, é mostrar para os alunos outra realidade desconhecida dentro de um hospital e levar alegria e descontração para os pacientes e acompanhantes. “Se nos chamarem para apresentar novamente, com certeza nós aceitaremos o convite, de coração”, comenta.

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