Mesmo passando por tratamento intensivo na Apass (Associação Protetora de Animais Silvestres), em Assis, a anta, fêmea adulta, resgatada no dia 21 de agosto, no entorno do Parque Estadual Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio, não resistiu aos ferimentos sofridos e faleceu. A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo governo estadual, que apontou o caso como o 17º registro oficial de animal silvestre vítima de incêndio florestal, em 2025. Um furão, um ouriço e um veado também morreram em decorrência de queimaduras sofridas no território paulista, neste ano.
Como noticiado neste diário, o caso da anta foi o primeiro oficialmente notificado por um centro credenciado pela Semil (Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística) de animal silvestre vítima de incêndio florestal neste ano. Após o resgate, ela apresentou queimaduras de 1º, 2º e 3º graus em cerca de 70% do corpo, perda total da visão e comprometimento de uma orelha, fatores que já tinham determinado que não seria possível devolvê-la à natureza.
O resgate foi feito por brigadistas do parque, em conjunto com a Polícia Militar Ambiental e diversos voluntários. A anta foi encontrada debilitada, com lesões graves, dentro de um açude em meio a um canavial. A suspeita é de que as lesões seriam decorrentes de um incêndio ocorrido em 17 de agosto, na região do Morro do Diabo – único evento registrado no mês passado. Assim, a anta teria permanecido pelo menos cinco dias ferida, sem atendimento, até chegar ao açude.