Se os fatos que relatar a seguir fazem parte de sua vida, vou contar um segredo mais ao final desta crônica. Vamos lá:
• Aparece uma notificação no celular pelo app do supermercado de que o café que você gosta está em promoção e coincidentemente vai até o armário e vê que precisa comprar o quê? Café!
• Você quer escolher uma boa foto sua e pede para pesquisar no Google Fotos e coloca na pesquisa uma dica: “Foto minha sorrindo”. A imagem que aparece, entre milhares, é sua pessoa linda, no ângulo que mais gosta.
• Você está em São Paulo, pede uma comida pelo app e apesar do restaurante ser muito, muito longe, ela chega quentinha. E mais rápido do que você imaginou.
• De repente, você olha para o lado, vê o amor de sua vida, e lembra que diferentemente de todas as formas que imaginou que isso iria acontecer, ele surgiu após você responder algumas mensagens, dar uns likes e chegar num match.
• Seu filho ama o novo videogame que ganhou e por mais que você tivesse ficado preocupado se ele iria conseguir jogar por conta da pouca experiência, o jogo se adapta perfeitamente às habilidades dele e o desafio agora é tirá-lo de frente da TV.
• Um dia, do nada, aparece uma mensagem do seu banco dizendo que bloqueou uma ação qualquer porque foi detectada uma tentativa de golpe, mas agora você está seguro. Vida que segue.
Bem, vamos lá: o que há em comum em todos estes fatos? Em todos eles, há por trás uma tecnologia de Inteligência Artificial.
Sim, o termo Inteligência Artificial ficou mais famoso nos últimos anos por conta dos modelos de produção como o Chat GPT, o Gemini e o DeepSeek, mas a IA sempre esteve pertinho da gente desde muitas décadas atrás e vou ser mais claro, mesmo que você troça o nariz: essa presença vai ficar ainda maior.
De forma bem didática, a Inteligência Artificial é um campo da ciência dedicado ao desenvolvimento de sistemas capazes de realizar tarefas que normalmente exigiriam muita inteligência humana. Esses sistemas são projetados, então, para aprender, raciocinar, perceber, tomar decisões e até gerar conteúdo com base em dados, algoritmos e modelos matemáticos. Eles não pensam por si (por enquanto). Eles calculam.
De maneira mais simples, eu vejo a IA da seguinte forma: imagine que antes você ia até uma biblioteca e pesquisava por livros sobre psicologia. O resultado era uma lista enorme de obras e aí era preciso saber qual delas pegar e ainda ler para poder realizar o trabalho.
Com a IA, é como se houvesse um professor dentro desta mesma biblioteca, que já leu todos os livros sobre psicologia daquele banco de dados, e que agora pode te dar respostas mais concretas e direcionadas. Ou seja, ele vai indicar, diante do problema que possui, qual o melhor livro, qual trecho do livro, qual análise pode ser feita e por aí vai. E você tem agora um suporte nunca antes imaginado.
Por isso mesmo que vejo como bobagem torcer o nariz para Inteligência Artificial. Ouço gente dizendo que não vai se submeter, que a IA vai tirar postos de trabalhos, que é coisa de quem não quer mais pensar, mas é preciso aprender mais sobre ela antes de discriminar.
Minha recomendação aos alunos sobre Inteligência Artificial é bem categórica: aprendam tudo que puder sobre ela. Eu já faço cursos sobre IA há pelo menos dois anos e não é porque a vejo como um problema, mas sim como uma solução para muitas das minhas tarefas diárias.
Em outras palavras, quero esta tecnologia pertinho de mim, mas comigo no controle e para isso, preciso entendê-la em todas as suas potencialidades.
Pode vir, IA. Estou pronto!