Voluntários recolhem resíduos de terrenos

Grupo de aproximadamente 50 participantes promoveu a limpeza de áreas baldias no Jardim Novo Bongiovani, ontem

PRUDENTE - THIAGO MORELLO

Data 19/11/2017
Horário 11:06
Marcio Oliveira, Resíduos foram recolhidos de terrenos baldios neste sábado
Marcio Oliveira, Resíduos foram recolhidos de terrenos baldios neste sábado

Bairro Consciente. Esse é o nome do projeto desenvolvido pela empresa Credsat, do Jardim Novo Bongiovani, em Presidente Prudente, além de outras 15 colaboradoras, com a intenção de realizar a limpeza de terrenos baldios no entorno, em um mutirão educacional de combate ao mosquito Aedes aegypti. Em sua sétima realização, um grupo de aproximadamente 50 voluntários, entre colaboradores, alunos e professores dos mestrados em Meio Ambiente e Ciências da Saúde e da graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária, da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), percorreram as ruas da vizinhança durante a manhã de ontem, dando continuidade à ação e recolhendo resíduos.

Milton Tsukamoto é empresário e organizador do projeto e conta que tudo começou pela percepção diária. “Observando o bairro, a gente viu que muitos locais ainda possuíam lixos jogados em terrenos baldios e percebemos a necessidade de fazer algo”, explica. Ainda de acordo com ele, o momento de insight também aconteceu no período em que campanhas de combate à dengue eram realizadas pela cidade. “Eu pensei: não devemos deixar essas ações somente aos cuidados do poder público”, expõe.

E assim foi feito. O grupo percorreu ruas pelo bairro, recolhendo resíduos sólidos e cumprindo o objetivo, que é de promover a conscientização da vizinhança. Entre os colaboradores, a aluna de mestrado da Unoeste, Alessandra Sakai dos Santos, que possui uma pesquisa baseada na ação, argumenta que gosta do assunto e não poderia deixar de fazer parte. Para ela, que também é colaboradora da empresa organizadora, o gesto é motivacional e deve ser disseminado. “É o nosso sétimo encontro e já recolhemos uma média de 13 sacos de lixo em cada ação, incluindo vidro, plástico e papel, todos sempre com água acumulada”, enfatiza.

E se a água está acumulada, o cenário é propício para a proliferação da dengue. No bairro, Alessandra lembra que já foram registrados dois casos da doença e, por isso, a preocupação aumenta. Criado em 2016 por esse motivo, ela garante que o projeto tem continuidade e pretende ser expandido. “Queremos trazer mais pessoas para participar. No mês que vem, realizaremos o cronograma para 2018, respeitando o espaço de tempo para cada realização, que ocorre trimestralmente”. Ela ainda argumenta, assim como Milton, que é necessário tirar o peso da realização somente do poder público.

Presente na ação, a Semea (Secretaria Municipal do Meio Ambiente) vê o projeto como exemplo. O representante da pasta, Wilson Portella Rodrigues, declara que se cada bairro tivesse uma movimentação como essa, muitos problemas seriam resolvidos. À reportagem, ele expressa que atitudes desse nível deixam a secretaria feliz e estimula as localidades adjacentes. “Estamos realmente contentes. Principalmente por saber que são pessoas que não esperaram a Prefeitura e os órgãos notificarem para agir. Precisamos de mais colaborações assim, pois o poder público sempre necessitará da população como principal aliada”, pontua.

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