Zona norte tem maior déficit de vagas

Para sanar problema, Seduc informou, durante audiência pública, que pretende instalar novas creches e ampliar as já existentes

PRUDENTE - Elaine Soares

Data 13/06/2013
Horário 08:08
 

Segundo levantamento divulgado pela Secretaria Municipal de Educação (Seduc) de Presidente Prudente, a zona norte da cidade é a que mais sofre com a falta de vagas em creches, sendo responsável por cerca de 33% das 1.712 vagas solicitadas até 10de junho nas unidades escolares que atendem crianças entre o berçário I e pré-escola II. Nesta região, foram registrados 569 pedidos, enquanto que as zonas sul, leste e oeste, apresentam déficit de 409 e 102, respectivamente. Conforme dados da Secretaria Municipal de Comunicação (Secom), a área central da cidade é a detentora da menor demanda reprimida, necessitando de 93 novas vagas.

Jornal O Imparcial Problema foi discutido em audiência pública realizada na noite de terça-feira

Para sanar o problema, discutido amplamente, em audiência pública na noite de anteontem, a Seduc pretende instalar novos prédios e ampliar os já existentes.

Na luta "constante" para reduzir a fila de espera por oportunidades em creches, a titular da pasta da Educação, Ondina Barbosa Gerbasi, retoma as ações do município efetuadas com este objetivo. Aponta que desde 2009, cerca de 1.450 vagas foram criadas, por meio de construção de novas creches e remanejamentos. Em entrevista a Secom disse que um estudo já realizado pela secretaria mostra a ampliação de mais 855 vagas.

Gerbasi ainda lembrou que os gastos com a manutenção de uma creche chegam a R$ 1,4 milhão no ano e sua implantação requer do município um investimento de mais de R$ 3 milhões.

Mesmo assim, se compromete em atuar na zona norte, por exemplo, com a construção de três unidades e ampliação daquelas que já servem o público. Esta parte da cidade é composta, entre outros, dos bairros Brasil Novo, Parque Watal Ishibashi, Jardim Monte Rey, Parque Jabaquara e Parque Castello Branco.

A criação de novas salas também é projetada para as creches da área central que, após resolverem o problema da demanda local, "poderão ainda receber crianças de outras regiões cuja migração seja possível", diz.

 

Promotoria


Todo o trabalho da administração é reconhecido pelo promotor da Infância e Juventude, Luiz Antônio Miguel Ferreira, que participou da discussão no Centro Cultural Matarazzo. Como publicado em O Imparcial, por meio dele, o Ministério Público do Estado (MPE) busca a formalização de um termo de ajustamento de conduta (TAC) para sanar o problema da "fila de espera e má distribuição das vagas" na cidade.

De acordo com o representante do MPE, o acordo está "praticamente" acertado, estando ainda em discussão a questão do prazo para que o município resolva a situação. "Havíamos estabelecido, consensualmente, até 2016 para que a Prefeitura atendesse 100% da demanda reprimida, embora ela tenha falado em 2020. Apesar da data ainda não ter sido fechada, tentarei não modificá-la. Sei que é difícil, mas eles terão que atender", coloca.

A titular da pasta defende ser "complicado" estabelecer prazos neste caso, já que a demanda é "flutuante" e sempre aumenta. "Sentaremos novamente com o promotor para nova conversa e uma contraproposta. Estamos fazendo o máximo, mas todos os dias, novas solicitações surgem", relata.
Publicidade

Veja também