Atividade física sem profissional “é um risco”

De acordo com o educador físico, cada indivíduo tem suas particularidades, logo, é preciso contar com avaliações e orientações, assim é possível entender as limitações

Esportes - SANDRA PRATA

Data 17/02/2019
Horário 10:30
Marcio Oliveira - Dyego Primolan explica que, quando bem orientada, atividade física não tem restrições
Marcio Oliveira - Dyego Primolan explica que, quando bem orientada, atividade física não tem restrições

Emagrecer, tonificar o corpo ou melhorar a qualidade de vida. Esses são algumas das principais razões que motivam uma pessoa a iniciar uma rotina mais saudável. Porém, nem todos pensam em pagar por isso. Uma pesquisa realizada pela OMS (Organização Mundial de Saúde), que ouviu 2.046 brasileiros, aponta que 61% deles não estão dispostos a pagar uma academia, por exemplo. No entanto, 79% deles têm interesse em buscar um treinamento personalizado. Segundo o personal trainer especialista em fisiologia, metabolismo do exercício e treinamento, Dyego Primolan Rocha, a atividade física é fundamental para a qualidade de vida e até mesmo para o convívio social. Entretanto, quando não acompanhada e orientada por um profissional pode ser arriscada, visto que “cada um é diferente do outro” e apresenta necessidades específicas.

Conforme Dyego, apenas com avaliação física é possível entender as limitações e definir o objetivo principal de cada indivíduo, “seja ele emagrecer, aumentar a massa muscular ou apenas melhorar a qualidade de vida”. Afinal, explica que “caso não exista tratamento adequado”, a pessoa estará sujeita a lesões musculares ou articulares resultantes de práticas de exercícios incorretas – que pode envolver desde postura errada ou quantidade de pesos inadequada. Ainda em casos mais graves, o profissional frisa a possibilidade de riscos cardíacos “muito graves”, já que “o coração também é um músculo e precisa ser treinado corretamente”.

Nesse contexto, o profissional destaca algumas vantagens da academia, em especial da musculação, quando comparada a outras práticas de atividades. Entre elas, a possibilidade de “trabalhar com um músculo específico”, ou com grupos dos mesmos possibilitando um resultado mais direcionado para a vontade do indivíduo. Ademais, frisa que exercícios aeróbicos podem ajudar a trabalhar o sistema cardiorrespiratório, “melhorando a performance do coração”. Outras doenças podem ser prevenidas por meio da prática constante de musculação, como osteoporose.

Na prática

A prudentina Jéssica Castilho, 27 anos, se contrapõe ao índice da pesquisa, já que prefere pagar pela academia, pois a caminhada não iria atender seu propósito de “ganhar músculos”. Apesar de estar firme na academia há seis meses, já parou e voltou sem uma “boa frequência”. Agora, com o auxílio do personal Dyego, ela vai local três vezes na semana e tem como meta “secar ainda mais”, uma vez que perdeu dois quilos na balança e abaixou “bastante” a porcentagem de gordura corporal.

Já a estudante Caroline Luz, 21 anos, faz parte da porcentagem que prefere a caminhada ao invés do “conforto de estar na sombra de um teto fazendo exercícios” - apesar de admitir que, após o período de férias da faculdade, talvez, deva precisar começar a pagar uma academia. Porém, por enquanto, está “testando seus limites” e acredita que a corrida é “mais desafiadora que uma academia”, no mais, a escolha por um ou outro “depende do propósito de cada pessoa”. O dela é não parar e melhorar cada vez mais o condicionamento físico e diminuir a fadiga.

Verdadeiro propósito

Dyego enfatiza que, “antes de tudo”, o que deve ser priorizado é a qualidade de vida. Questões como estética corporal devem ser “um bônus de uma vida saudável”, na visão do profissional. Para complementar, o personal denota que a atividade física, “quando bem orientada”, não possui restrições de idade ou gênero, “pois contempla uma grande variedade de atividades, de musculação a esportes diversos”.

A estudante Mariane Pracânica sabe bem disso. Adepta de uma rotina saudável há quatro anos, começou motivada em emagrecer, no entanto, hoje entende que isso é “apenas uma consequência”. Frequentando academia e caminhando regularmente, ela não tem preferencia por nenhum dos dois, tudo depende da “vibe do dia”. Atualmente, mescla “tudo isso” com uma alimentação baseada em alimentos integrais, legumes e frutas. Porém, “não passa vontade” e quando tem vontade come doces, lanches, apesar de tentar controlar o máximo possível.

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