Educação financeira: como e quando começar?

Espaço infantil

De acordo com especialista, crianças devem aprender a poupar e saber a real importância do dinheiro, desde a primeira vez que lhe é dado algum valor

COLUNA - Espaço infantil

Data 29/08/2019
Horário 05:57

Educação financeira é algo sério e necessário para todas as idades. Muitos têm dificuldades de introduzir tal tema às crianças, mas segundo especialistas, é preciso falar sobre isso desde os 7 anos de idade ou quando é dado o primeiro dinheiro para se gastar na escola.

O doutor em Finanças, Moisés Silva Martins, ressalta que as crianças devem ser ensinadas a ter controle e administrar o que dispõem. Ele diz que uma boa educação financeira garante independência, responsabilidade e valorização do dinheiro na vida adulta. “Se a criança aprende a não gastar com coisas supérfluas com o dinheiro que recebe dos pais, quando ela trabalhar vai entender e valorizar seu salário”, comenta.

O especialista ainda comenta que todas as escolas deveriam ensinar a manutenção e economia aos pequenos. “Muitos confundem educação financeira com matemática financeira, e não é assim, a criança deve ser ensinada de forma lúdica, com filmes, desenhos e palestras, não com contas e cálculo de dinheiro”, pontua.

Mesada

Moisés frisa que a mesada pode ser tanto benéfica, quanto maléfica. Se dada aos filhos sem explicações ou regras, isso fará a criança pensar que todo dinheiro vem fácil, e que não é importante poupar. “Deve-se ensinar que a mesada deve ser usada primeiro para gastos necessários, e se sobrar um dinheirinho, que bom que sobrou, mas nunca pensar em itens sem grande necessidade antes das prioridades reais”.

Para aqueles que querem ensinar seus filhos, o economista recomenda que seja ensinado o que é necessário de se adquirir, o que é um item barato ou caro, e mostrar o valor do dinheiro.

Dicas

O economista dá quatro dicas para ajudar na educação financeira dos pequenos. Primeira, levar as crianças no supermercado, mostrar os preços e explicar o valor dos impostos, assim como o valor do produto. Segunda, classificar os itens necessários e supérfluos para o dia-a-dia junto com a criança, explicando a necessidade dos itens. Terceira, explicar a nota fiscal dos produtos, como “o que são os impostos”, “para que servem”, etc. Quarta, dar para a criança uma caderneta para que ela anote e tenha controle de seu dinheiro, assim sabendo quanto gastou e quanto ainda tem.

 

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