Vazio e silêncio predominam em vias de Prudente

PRUDENTE - GABRIEL BUOSI

Data 31/03/2020
Horário 05:39
Weverson Nascimento - Sempre movimentado, Parque do Povo segue vazio e silencioso
Weverson Nascimento - Sempre movimentado, Parque do Povo segue vazio e silencioso

A cidade de Presidente Prudente, assim como muitos municípios ao redor do mundo, vive já há alguns dias aquela sensação de feriado prolongado e que nunca acaba. Antes, no entanto, essa sensação de “ficar de boa” mais do que agradava a população, que poderia perder horas e horas do dia em atividades de lazer, como aquelas disponíveis no Centro Cultural Matarazzo, no Parque Aquático da Cidade da Criança, ou então em shoppings, centros de compra e até mesmo no Parque do Povo. A realidade encontrada hoje em dia, no entanto, é a de sensação de cidade vazia e sem moradores, em muitos momentos do dia. Mas acredite, este é o caminho certo.

A quarentena – necessária e fundamental neste momento de combate ao Covid-19 – alterou significativamente a rotina da população mundial. Por aqui, dificilmente você encontrará, por exemplo, pessoas com “todo o gás” naquela corrida matinal no Parque do Povo, ou então naquela caminhada no fim do dia com os amigos, no espaço cheio de áreas verdes, hoje todas vazias.

As principais avenidas da cidade, como a Manoel Goulart e a Washington Luiz, já não enfrentam mais aqueles horários de pico caóticos e deixam, por muito minutos, o trânsito parado e que traz estresse à população. Hoje, a preocupação geral é como encontrar, dentro de casa, uma forma de entretenimento. E neste momento vale tudo: jogos de cartas com a família, sessão de cinema com os serviços de streaming, aproveitar para fazer aquelas receitas que há anos estavam guardadas na gaveta e aproveitar os diversos meios de comunicação para se manter informado.

Alguns locais, no entanto, ainda apresentam em alguns momentos do dia certa movimentação de pessoas, como é o caso dos “teimosos” idosos que, mesmo com parte da Praça Nove de Julho interditada por causa de aglomerações, sempre encontram um cantinho para os jogos de cartas. Além deles, alguns serviços essenciais seguem em funcionamento, mas com a rotina organizada a fim de se evitar o novo coronavírus, como é o caso dos mercados, que se organizam em filas e entradas em pequenos grupos de pessoas, e das farmácias, que delimitaram marcações no chão, no caixa para o pagamento, e que evitam aglomerações.

A calmaria da cidade, por fim, deve ser vista com bons olhos. Não encontrar pessoas na rua é um sinal de que sim, o papel da sociedade neste momento de combate ao inimigo invisível está seguindo o rumo certo. Reinvente-se neste momento, resguarde-se e cuide daqueles que estão ao seu redor. A sensação de cidade vazia é temporária.

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