O Instituto Talentos é uma organização sem fins lucrativos, que visa a integração do jovem ao mercado de trabalho, por meio de ações que complementam e fortalecem o processo de aprendizado e desenvolvimento profissional. Certo é que a busca por esse envolvimento aumenta agora, com o início do semestre, isto é, a volta às aulas, conforme pontua a Acipp (Associação Comercial e Empresarial de Presidente Prudente), que coordenada o instituto em Presidente Prudente.
A informação vem da auxiliar administrativo Andreia Carvalho Marques, responsável pelo setor. À reportagem, ela pontua que é comum que o retorno às atividades curriculares representem “um gás a mais nos jovens, que acabam por buscar uma oportunidade de já se encaixar no mercado de trabalho”, comenta. No entanto, ela pontua que esse período é diferente para os contratantes, ou seja, os empresários que vão em busca de um estagiário. “É algo esporádico, na verdade, porque eles acabam procurando a gente quando sentem a necessidade”, lembra.
Mas isso não é muito difícil de ocorrer, segundo Andreia. Isso porque, no sistema disponível para o acesso dos jovens, semanalmente há em média 10 vagas. “Pode ser que em uma semana haja mais ou menos disponibilidade, mas esse número é aproximado”, destaca. Desta forma, na oferta de mão de obra versus a demanda empresarial, hoje existem cerca de 200 estagiários ativos, que compõem um rol de aproximadamente mil cadastrados.
Leis precedentes
A implantação do Programa de Estágio foi possível com a sanção da Lei 11.788/2008. Com isso, criou-se a abertura para a contratação de jovens a partir dos 16 anos, a fim de atuarem em atividades compatíveis com a área de formação, sem vínculo empregatício, como especificado pelo instituto. “O estágio facilita a profissionalização, dando a chance ao estudante de aplicar na prática os conhecimentos teóricos obtidos no ambiente escolar e permite à empresa desenvolver novos talentos”, completa.
Antes de 2008, em 1991 a Lei 8.213 também colocou em prática o Programa Talentos Eficientes, destinado ao público PCD (pessoa com deficiência). Na organização, a legislação também é levada em conta, uma vez que ela estabelece cota obrigatória para empresas com 100 ou mais empregados. Nessa condição, elas devem possuir pessoas com limitações no quadro de funcionários.