“A Sensibilidade” de Marcel Sachetti estampa as paredes do Matarazzo

Série de imagens capturadas em 20 anos de aventura pela arte de fotografar pode ser conferida a partir de amanhã, na Pinacoteca Municipal Laert Bueno Junior

VARIEDADES - OSLAINE SILVA

Data 01/03/2024
Horário 08:01
Foto: Divulgação/Marcel Sachetti 
Exposição contará com 10 fotos que integrarão um fotolivro que será lançado ainda este ano 
Exposição contará com 10 fotos que integrarão um fotolivro que será lançado ainda este ano 

Uma mistura de fotos com texto. Arte pura! A partir deste sábado, até 31 de março, a Pinacoteca Municipal Laert Bueno Junior, do Centro Cultural Matarazzo, em Presidente Prudente, estará com imagens, verdadeiras obras de arte, na exposição denominada “A Sensibilidade”, do fotógrafo prudentino, Marcel Sachetti

Segundo o profissional, a mostra apresenta uma série de fotografias que ele vem captando através dos 20 anos que vem se aventurando nessa “arte fantástica”. “A exposição está composta por dez fotografias apenas, de uma proporção maior que irá compor o fotolivro que será lançado ainda este ano. Seria um aperitivo para o que vem por aí, porque, modestamente, esse livro está maravilhoso e tem muito amor nele, em todas as mínimas partes!”, adianta o fotógrafo artista. 

Sobre o local, Marcel diz que a proposta do edital permitia que fosse escolhido o lugar de preferência para a mostra. De início pensaram em um local com algumas exigências de horários que não atenderiam aos requisitos do projeto, no caso um espaço particular, e o plano B já seria o Matarazzo. “Por conta da estrutura, das possibilidades dos horários, de maior visibilidade e sem contar com o peso da história que existe naquele lugar, bem como toda arte que pulsa ali dentro. No final, foi o lugar perfeito com a cara e o coração da exposição”, pontua ele. 

Marcel destaca que quem for visitar a exposição verá imagens cotidianas das mais variadas que dialogam com pequenos textos diagramados de forma criativa na própria foto, facilitando a compreensão do espectador e brincando com a percepção. “Tudo como objetivo de estímulo ao olhar mais sensível, uma vez que as imagens retratam, em sua maioria, sentimentos humanos, ainda que através de outras conexões”, denota. 

“A Sensibilidade"

Marcel diz que inicialmente, essa ideia de mesclar foto e texto tinha outro nome. “Chamei por anos de ‘Fotosíntese’, e assim como muitos projetos, adiei por condições das mais inacreditáveis que pareciam ‘me segurar mais um pouco’, até que a ideia criasse definitivamente uma forma coerente. Então veio um edital e mudou tudo”, conta.  

Ele narra que primeiro a ideia era mesmo um fotolivro, mas as viabilidades levaram para possibilidade de uma exposição e nessa parte entra a figura de Renato Pandur, que toca com Marcel na banda Média 7. “Ele é uma pessoa de qualidades superiores, talentos absolutos e coração de ouro! Nome muito caricato e conhecido por todos os lugares”, acentua.  

De acordo com o fotógrafo, o título "A Sensibilidade" se tornou nada mais que uma representação do que já era de essência, a ideia de "ensinar com estímulos a enxergar a vida mais leve", com a sensibilidade que tem muitos nomes como empatia, por exemplo. Isso muda tudo! 

“O Pandur é formado em Publicidade e Propaganda, especialista em Cinema e Documentário e mestre em Educação. E, claro, um exímio design gráfico que cuidou de toda identidade visual do projeto e diagramação. Foi ele quem me empurrou para o edital, fez com que eu escrevesse um projeto dois dias antes do prazo, trocou o nome, montou uma apresentação e cá estamos”, destaca Marcel.  

Movimentos da vida

O trabalho de Marcel se destaca tanto, que logo vem em mente querer saber onde ele se formou. Eis que por essa muitos não esperam: ele não é formado em Fotografia! “Não sei definir muito bem se é sobre sorte ou outra coisa, mas os movimentos da vida por vezes parecem confusos onde nos levam”, acentua.  

Em 2007, ele cursou Comunicação Social na Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) e estagiou muito rápido, mas na reta final (entre um turbilhão de coisas) veio ao mundo seu filho Igor e também um momento em que ressignificou tudo, precisando mudar algumas prioridades. Voltou aos corredores da universidade em 2015 na primeira turma de Fotografia e no final, mais um divisor de águas que impediu a conclusão do curso.  

Fato, que retornou com uma experiência de pelo menos dez anos na profissão, o que permitiu oportunidades de trabalhos difíceis de recusar. Como ele é músico de longa data e sempre teve bandas e contatos com essa galera, um belo dia vem a calhar em Prudente a tal da “Kell Smith”. E assim que se conheceram tiveram uma conexão muito poderosa. 

“E uma vivência diária que junto a sua pretensão [projeto de vida!] foi elevando o patamar do inimaginável, pois ela sabia aonde chegaria e eu estava indo junto. Culminou que fomos para São Paulo no que ainda se considera o maior e melhor estúdio, o Midas do Rick Bonadio, assinar um contrato. Precisei deixar tudo aqui, mas essa história ainda será contada e requer sabedoria”, aguça a curiosidade o fotógrafo. 
 
SERVIÇO 
Os interessados poderão visitar a mostra do dia 2 a 31 de março, no Centro Cultural Matarazzo, localizado na Rua Quintino Bocaiúva, 749, na Vila Marcondes, Presidente Prudente. O complexo abre de segunda-feira a sábado, das 8h30 às 22h, e aos domingos e feriados, a partir das 16h. 
 
Divulgação/Marcel Sachetti 

 

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