"Belinda"

DignaIdade

COLUNA - DignaIdade

Data 11/04/2023
Horário 07:05

O filme “Belinda” (Johnny Belinda) de 1948 é uma produção da Warner Bros, dirigida por Jean Negulesco que rendeu o Oscar de Melhor Atriz do Ano para Jane Wyman. Na trama, Belinda (Wyman) é uma jovem surda-muda e arredia que acaba despertando compaixão e amor no Dr. Robert (Lew Ayres). Em uma noite, ela é estuprada por um fazendeiro local, Lock (Stephen McNally), e quando a aldeia descobre a gravidez da moça todos acreditam ser do doutor. Quando a julgam incapaz de cuidar do próprio filho, e decidem que a criança seja cuidada por Lock e sua esposa, Belinda desesperada mata Lock e enfrenta um tribunal preconceituoso. Jane Wyman coroava uma carreira de sucesso e na época era casada com o ator e futuro presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan.
    
“Medo de tratar” 
Já diz o ditado popular: “A diferença entre o remédio e o veneno está na dose”. Os tratamentos podem causar efeitos colaterais, mas estes são minimizados quando bem indicados e bem prescritos. No entanto, o receio popular de usar remédio é um grande obstáculo na cura ou controle de muitas doenças. A bula dos produtos ao invés de ser um orientador do uso do produto, passa a ser uma cartilha de não utilização devido aos possíveis efeitos colaterais relatados. Desta forma, ao invés de ser um alerta em situações de dúvidas, passa a ser um provocador de medo em quem já usa o produto com receio. O receito de ser medicado faz com que muitas pessoas prefiram tolerar o sintoma, ou deixar de tratar uma doença aparentemente silenciosa. Assim, problemas como hipertensão arterial, diabetes, osteoporose, podem ser deixados de lado porque em fases não avançadas podem não provocar sintomas ou desconfortos, e despertarem para a necessidade de tratamento já tardiamente com complicações ocorridas. Outras questões se agregam ao medo de tratar: falta de confiança com o profissional prescritor, quadros depressivos e ansiosos que fazem uma leitura cinzenta sobre os tratamentos, alto custo de medicamentos, necessidade de abandonar vícios como a ingestão de álcool, relatos de efeitos em tratamentos feitos por outras pessoas, demora para início de benefícios de tratamentos, necessidade de regras e horários (principalmente quando há utilização de múltiplos medicamentos com diferentes doses e posologias). Alguns destes receios são bastante razoáveis, mas existem situações que o medo se torna irracional e exagerado. Um fenômeno de aversão intransigente a remédios que ignora benefícios para a sua própria saúde e para o sistema de saúde como um todo. Muitas vezes a opção de não querer tratar não afeta apenas a saúde de quem decide, mas permite o descontrole de doenças infectocontagiosas que se alastram além do arredio. Nestas condições, a aversão não é necessariamente sinal de ignorância ou teimosia, mas um reflexo de estados patológicos psiquiátricos que merecem atenção médica redobrada. Os dois extremos são fatos impactantes em geriatria: tanto a hipermedicalização com uso abusivo de medicamentos para aliviar mínimos sintomas ou questões naturais da idade, como o avesso disso: a farmacofobia. 

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Elenco maduro de “Amor Perfeito”:
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