Frente a alta nos preços dos materiais escolares para 2023, o economista Moisés Martins aconselha cautela para realizar a aquisição dos artigos necessários. “Economizar na compra é fazer pesquisa”, inicia o especialista. “Essa pesquisa pode ser feita de casa, usando a tecnologia. No caso daquela ou daquele que não tem acesso ou muita prática com a internet, a pessoa deve sair, no mínimo, em três ou quatro lojas fazendo esta pesquisa e optar por aquilo que é mais barato”, relata o economista, que especula que o ganho para quem se aprofunda na consulta dos preços gire em torno de 10% a 15% em relação a uma compra de primeiro momento.
REUTILAZAÇÃO DO MATERIAL ESCOLAR
O especialista traz algumas considerações sobre o reuso e aproveitamento de artigos escolares já adquiridos. Tudo passa pelo diálogo com os estudantes. “A primeira coisa é: tem que sentar com o filho e perguntar ‘o que é que sobrou do ano passado?’. Ele mostra o que é do ano passado e você acaba só complementado o que é necessário”, pontua Moises, que ressalta a ação de algumas unidades escolares em relação aos materiais didáticos. “Tem algumas escolas hoje que fazem um dia de venda de material de livros do ano passado e isso também é muito interessante. Se você conseguir fazer isso, é uma boa maneira de economizar”.
CENÁRIOS DE NEGOCIAÇÃO COM OS FILHOS
Se o diálogo com os menores é a primeira saída para demonstrar a importância do reuso, um dos passos é saber lidar com a negociação com os filhos. “Isso não é enganar e fazer com que a criança entenda a situação. Você pode negociar com seu filho. Demonstrar situações. Por exemplo, ele não percebe que precisa de um tênis novo. Então, você fala ‘a gente vai utilizar o material antigo e eu vou te dar o tênis novo’”, esboça um cenário o economista. Moises desenha outro quadro e pontua que é preciso ser direto e realista com os menores. “É possível ser claro também: ‘olha, filho, como este ano a economia não está muito legal e tem a insegurança do emprego, dos aumentos e tal, então, nós vamos ter que utilizar o material antigo’ e mostrar para ele que, quando a coisa melhorar, tudo poderá ser substituído”, aconselha Moises.
REFORÇO DA COLETIVIDADE
O economista indica que, nos momentos de crise econômica, o reforço da coletividade é sempre necessário. No caso da aquisição de artigos escolares, o dos pais. “Você tem 10 ou 15 crianças numa sala de aula, você reúne os pais num grupo, com a tecnologia isso é possível, e sai para fazer as compras no atacado. É como se fosse uma espécie de cooperativismo”.
