"Happy Days"

DignaIdade

COLUNA - DignaIdade

Data 09/12/2025
Horário 07:07

“Happy Days” foi um seriado de TV dos Estados Unidos, dos estúdios ABC, que durou de 1974 a 1984 num total de 255 episódios e que foi levado ao ar pela Rede Globo fazendo muito sucesso, principalmente com o personagem Fonzarelli, o Fonzie (Henry Winkler), que se achava uma espécie de James Dean da sua cidade.  Os episódios eram de época, se passando no final dos anos 50, no auge da liberdade e rebeldia juvenil, e do surgimento do rock´n roll com muita influência de Elvis Presley. A série mostrava uma vida idealizada de classe média do final dos 50 e início dos 60, tendo como protagonista o adolescente Richie (Ron Howard) e sua família, formada por um dono de uma loja de ferragens, uma dona de casa, e os dois irmãos também jovens de Richie. 
    
Longevidade dos negros
O envelhecimento da população negra é marcado por séculos de desigualdades estruturais que impactam negativamente a qualidade de vida e a expectativa de vida neste grupo em comparação com a população não negra. No Brasil e, mesmo em outros países, pessoas brancas vivem mais do que pessoas negras em média. Diferença esta que se acentua por fatores como racismo estrutural, desigualdade no acesso à saúde, saneamento, educação, mercado de trabalho, resultando em piores condições de vida e menor tempo de vida para os negros. Há uma verdadeira contradição da condição geral, pois apesar de possuírem mais melanina, e, portanto, estarem mais protegidos dos efeitos deletérios e maléficos do sol sobre a pele branca, isto não suplanta o rol de desvantagens. O racismo estrutural provoca um abismo de desvantagens na qualidade de vida e nas oportunidades, tornando o envelhecimento mais um grande privilégio branco. A mortalidade geral por causas violentas, também joga a média geral de longevidade para baixo, afinal, o número de homicídios, prisões e violências que o jovem negro sofre, faz com que um número menor de negros atinja idades mais avançadas. Haja resiliência. Apesar das diferenças ainda existentes, é importante salientar que está havendo uma crescente redução das diferenças com o passar dos anos. Em 2000, a expectativa de vida de um homem negro era de 66 anos, e aumentou para 73,4 anos em 2010, segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano. Estudos realizados em parceria com pesquisadores do Cedeplar / UFMG investigam as diferenças de expectativa de vida ao nascer entre negros e brancos no Brasil. Utilizando uma combinação de informações do IBGE e estatísticas de mortalidade do SUS, foram estimadas as esperanças de vida para grupos raciais e de gênero diferentes. Os resultados indicam que mulheres brancas nascidas entre 2010 e 2019 deverão ter uma expectativa de vida ao nascer de 80,06 anos, enquanto as mulheres negras alcançarão 76,01 anos. Homens brancos têm expectativa de vida de 74,52 anos enquanto negros tem 68,5 anos com diferença de 5,87 anos. Contudo estas diferenças são mais acentuadas nos primeiros 30 anos de vida e diminuem com o avançar da idade, demonstrando ainda o impacto da violência nestes dados. 

Dica da Semana

Livros: 

“Tremembé - O Presídio dos Famosos”:  
Autor: Ulisses Campbell. Editora Matriz. Livro-reportagem que traz os bastidores de crimes que mobilizaram a imprensa, e a vida na cadeia, nada fácil, desses criminosos execrados pela Justiça e pela opinião pública. A briga por privilégios, a constante tensão e conflitos entre os detentos e as alianças pouco convencionais recheiam as penas de nomes como Irmãos Cravinhos, Suzane Von Richthofen, Elize Matsunaga, Casal Nardoni, Robinho, Dr. Roger Abdelmassih. 


 

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