Inspectral tem cases interessantes como AmBev e Aegea

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 01/10/2023
Horário 08:34
Foto: Cedida
Alisson, Luiz Eduardo e Nariane no Accelerator 100+AmBev em Bruxelas
Alisson, Luiz Eduardo e Nariane no Accelerator 100+AmBev em Bruxelas

A Inspectral tem alguns cases bem interessantes, “parceiros fantásticos” que eles conseguem interagir, conforme expõe o CEO Alisson Fernando Coelho do Carmo, 33 anos. Mas ele discorre sobre duas das maiores empresas que a startup atende: a AmBev desde 2021 e a Aegea, segundo ele, a maior empresa de saneamento privado do país.

A parceria com a AmBev começou a partir de um processo na aceleradora da empresa “100 +”, e ali entraram para fazer essa transição inserindo tecnologia num processo que até hoje, no mundo, é extremamente manual, que é o processo de análise da qualidade da água. E a AmBev precisa utilizar água em todos os seus processos. 

“É como eles comentam internamente de forma bastante clara: ‘sem água não tem cerveja’. E não só obviamente cerveja, mas todos os produtos que ali são feitos pela indústria precisam de um volume muito grande de água. E existe essa preocupação com a qualidade e a responsabilidade da Ambev em saber como está sua atuação, sua operação, se está gerando impacto negativo ou positivo”, cita. 

E, conforme Alisson, a Inspectral entrou para fazer essa mudança de algo que era manual, onde contratava-se uma empresa de análise laboratorial, com um barquinho ia em alguns pontos, uma vez por semestre em todas as plantas de operação das indústrias da AmBev, levava para o laboratório, e aí tinha-se 6, 7 pontos com um conjunto de 10, 15 parâmetros de qualidade da água. 

“A gente então entra com a tecnologia, com a proposta, e a partir da imagem de satélite conseguimos resultados fantásticos e entregamos nove parâmetros de qualidade da água, com alguns chegando à precisão de mais de 90%, em relação à análise de laboratório”, acentua, acrescentando que podendo ser adquirida semanalmente em qualquer lugar que eles tivessem operação. 

Protótipo e resultados

“Entramos com esse protótipo no Rio de Janeiro, no Rio Guandu, uma região que atende mais de 2 milhões de pessoas e existe essa precariedade no saneamento básico e daí a preocupação da AmBev, nessa planta do Rio de Janeiro. Os resultados foram fantásticos, tanto com drone quanto com satélite”, conta. 

Neste mesmo processo, a equipe parte para Jaguariúna, outra planta da AmBev. E aí veio a prova de fogo, que foi rodar em Goiás, no Córrego ou Ribeirão das Antas, em Anápolis, onde fizeram de forma totalmente remota, sem visitar a unidade, apenas delimitando o rio onde era feita a captação e o lançamento da água utilizada nesse processo. 

“E conseguimos fazer esse monitoramento totalmente remoto, quase que atravessando dois Estados. O que seria uma logística muito difícil de fazer manualmente, conseguimos fazer do nosso escritório”, denota.

Informações prévias

Com a Aegea, que, segundo Alisson, inclusive ganhou no ano passado o leilão do Rio de Janeiro, eles fizeram vários protótipos, sendo um deles um algoritmo de inteligência artificial que identifica as plantas aquáticas. Eles aplicaram para detectar poços artesianos que não estão registrados e conseguiram extrair a partir do drone em um único bairro mais de 90 poços. “O que é uma informação muito rica para eles. Porque, ao invés de ir casa por casa verificar se existe um poço artesiano nessa situação, agora se tem essa informação prévia”, frisa. 

Conforme Alisson, agora estão entrando num projeto gigantesco para monitoramento da Baía de Guanabara. “Ainda não posso dar muitos detalhes, porque é um projeto que está na fase negocial, mas com certeza vai gerar muito impacto. O objetivo ali é ter qualidade da água da Baía de Guanabara inteira. São mais de 350 quilômetros quadrados, sendo monitorados na maior frequência possível, no mínimo de tempo, se possível semanal”, acentua animado com o novo projeto.

Foto: Cedida

Parte da equipe em Jaguariúna, outra planta da AmBev

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