"Korg e o Mundo Perdido"

DignaIdade

COLUNA - DignaIdade

Data 02/05/2023
Horário 06:07

Um seriado de televisão teve apenas 19 episódios entre 1974-75, mas marcou uma geração: “Korg e o Mundo Perdido” (Korg: 70.000 BC). Exibida pela rede americana ABC, foi reexibida aqui pela Rede Globo e TV Record e contava as aventuras de uma família de homens Neandertais. A série era produzida pelos estúdios Hanna Barbera, famosos por seus desenhos e criada por Fred Freiberg, um dos produtores de “Jornada nas Estrelas”. As histórias eram baseadas em pesquisas desenvolvidas pelo Museu Americano de História Natural. O clã Neandertal era formado por Korg (Jim Malinda) e sua companheira Mara (Naomi Pollack), que tem dois filhos e ainda o irmão mais novo de Korg. Enfrentavam ataques de animais selvagens, tribos hostis sempre em busca do alimento, o grupo descobre o fogo e a importância da união. A série sofreu a rivalidade com outros lançamentos da época: “O Elo Perdido” e o desenho animado “Perdidos no Vale dos Dinossauros”. 

Coluna do Idoso
    
“Por que as pessoas param de tomar remédios?” 

A descontinuidade de tratamentos é um dos grandes obstáculos ao sucesso das terapêuticas. Aproveito para citar aqui diversos motivos que me deparei ao longo de 30 anos de carreira médica: 1) alto custo dos medicamentos que impede a compra do produto; 2) A tendência de se tratar apenas o sintoma (o que se sente) e não a doença em si; 3) A não verificação do efeito do medicamento em curto prazo como tratamentos antidepressivos e para controle de colesterol; 4) a falta de boa empatia médico-paciente que trunca confiança e adesão; 5) posologias complicadas com múltiplas doses e horários difíceis que favorecem o esquecimento de doses; 6) a interrupção de tratamentos assim que se alivia o sintoma, interrompendo esquemas antibióticos e outros que deveriam ser seguidos até o tempo recomendado; 7) a possibilidade de efeitos colaterais, alguns mínimos e transitórios, que assustam o paciente; 8) A não orientação ou suborientação dos esquemas posológicos, efeitos colaterais e tempo de uso; 9) polifarmácia: esquemas complicados e múltiplos de medicamentos, que encarecem e dificultam o seguimento adequado das medicações; 10) A interrupção do tratamento para se usar bebida alcóolica; 11) a ideia de que todo remédio deve ser usado pelo menor tempo possível; 12) interromper ao obter a eficácia da terapêutica: julgando-se curado e de alta; 13) o não entendimento que objetivos atingidos (como pressão controlada) indicam eficácia e manutenção do tratamento e não, resolução e interrupção; 14) o simples fato de não saber para qual finalidade determinado medicamento foi prescrito; 15) interromper tratamentos necessários para se usar produtos indicados por amigos e familiares, propagandas em TV; 16) rivalidade com fitoterapia (produtos naturais à base de plantas), como se eles não pudessem ser seguidos conjuntamente; 17) rivalidade entre prescrição e fé, como se a cura tivesse que ser apenas espiritual e não conjunta; 18) apresentações farmacêuticas difíceis (como grandes cápsulas, pós e soluções com paladar desagradável, injeções dolorosas); 19) não entendimento das receitas com prescrição inelegível; 20) falta de acessibilidade do profissional de saúde diante das dúvidas. 

Dica da Semana

Livros 

“Antes que o café esfrie”: 
Autor: Toshikazu Kawaguchi. Editora Valentina. O romance fala de uma cafeteria em uma pequena rua de Tóquio onde é servido um simples café de maneira ritualística. Reza a lenda que é possível voltar no tempo enquanto se degusta o café. Quatro pessoas buscam essa experiência para acertar suas questões com o tempo: amor, perdas, recordações, gratidão, arrependimento e redenção permeiam as histórias. 
 

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