"O Exorcista"

DignaIdade

COLUNA - DignaIdade

Data 31/10/2023
Horário 09:00

Resumidamente, o mais importante filme de Horror de todos os tempos: “O Exorcista” (“The Exorcist”), Estados Unidos, 1973, com direção de William Friedkin. O terror nunca mais seria o mesmo, com sustos impensáveis até então, que tiraram o sono de muita gente, embalados por excelente trilha sonora e maquiagem perfeita, que continua impressionante até hoje. O filme venceu a resistência da Academia contra filmes de horror e concorreu a dez estatuetas, incluindo melhor filme, mas venceu nas categorias de roteiro adaptado e som. Na trama, uma atriz (Ellen Burstyn) vai tomando consciência de que algo grave, perturbador e assustador está ocorrendo com sua pequena filha de 12 anos, Regan (Linda Blair). Um jovem padre e psiquiatra chega à conclusão que a garota está possuída pelo demônio, e ele convoca um segundo padre, especialista em exorcismo para expulsá-lo da menina. Gerou a continuação “O Exorcista II - O Herege” de 1977, “Exorcista – O Início” – 2004 e até a comédia, “A Repossuída”, de 1991 sem grandes repercussões. Insuperável. 
    
“Histórias Prudentinas Parte 2 – Os Cinemas de Rua”

O cinema foi criado pelos irmãos Lumière em 1895 com a projeção do filme “Sortie de l'usine Lumière à Lyon” (ou “Empregados deixando a Fábrica Lumière”) e foi a maior revolução do entretenimento desde então. O cinema resiste aos modismos e novos adversários como ocorreu com o advento da televisão, das videolocadoras, dos smartphones e das plataformas de streaming. No entanto, ir ao cinema no passado era o suprassumo da diversão e da ostentação. Nos anos de 1930 a 1950, ir ao cinema exigia as melhores roupas, com os homens de terno e as mulheres com seus melhores vestidos. Eram comuns sessões duplas com exibições de comédias pastelão, seriados de aventuras como Tarzan e Flash Gordon ou faroestes de mocinhos como Johnny MacBrown, Durango Kid ou Roy Rogers, antecedendo os filmes de longa-metragem. Formavam-se filas para os ingressos e alguns títulos ficavam meses em exibição (Como não lembrar de “Sansão e Dalila”, 1949, “O Manto Sagrado”, 1953 ou “Marcelino Pão e Vinho”, 1955) ou os sucessos nacionais como as chanchadas da Atlântida com Oscarito e Grande Otelo ou as insuperáveis comédias com Mazzaropi? O pioneiro Cine João Gomes foi inaugurado na Praça IX de Julho em 1941 com capacidade de 1.240 lugares. Da mesma empresa proprietária, existiam também o Cine Fênix que ficava na esquina da Rua Dr. José Foz com a Barão do Rio Branco, que era pequeno, mas que tinha um diferencial: o Cinerama, uma tela de 35mm que dava uma visão expandida da imagem; e o Cine Coral de curta duração (único cinema de bairro: no Jardim Aviação, na esquina da Rua Ribeiro de Barros com a Santos Dumont). O outro cinema do grupo foi o Cine Presidente, por muito anos o maior cinema do interior de São Paulo, com 1.200 lugares na parte de baixo e 600 cadeiras macias na parte superior: o Pullmann. O Cine Presidente explodiu de sucesso entre os anos 60 e 70 com suas inesquecíveis balas de café e grandes cortinas vermelhas que se abriam ao som de “A Summer Place” seguida da exibição de documentários do canal 100. Em 1965, foi inaugurado o pequeno e luxuoso Cine Ouro Branco na esquina da Rua Siqueira Campos com a Rua Rui Barbosa, que foi o último a fechar as portas em 1988. Desde então, só subsistem os cinemas de shopping numa versão mais pasteurizada da grande festa que era frequentar uma matinê numa tarde de domingo em décadas passadas.

Dica da Semana

Cinema

“Exorcista – O Devoto”: 
50 anos após o clássico de 1973, Hollywood produziu este novo filme em cartaz nos cinemas de Presidente Prudente, contando a história da possessão dupla de duas meninas, de uma família preta e outra branca, com a participação especialíssima das estrelas do primeiro filme: Ellen Burstyn e Linda Blair. 


 

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