“Suécia pode exportar experiência da região”, diz vice-cônsul sueco em visita a Prudente

Palestra de Peter Johansson foi realizada no campus 1 da Unoeste, nesta terça-feira (8)

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 10/04/2025
Horário 05:12
Foto: Vinícius Pacheco
Vice-cônsul explicou sobre as possibilidades de estudo no país europeu
Vice-cônsul explicou sobre as possibilidades de estudo no país europeu

Alunos e docentes da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) conheceram os atrativos que a Suécia oferece para quem busca aprimorar os estudos nas instituições de ensino do país europeu durante a palestra “Estude na Suécia”, realizada na tarde desta terça-feira (8), no Auditório da Fipp (Faculdade de Informática de Presidente Prudente), localizada no campus 1 da universidade, em Presidente Prudente. Ela foi ministrada pelo vice-cônsul da Suécia em São Paulo, Peter Johansson, e teve transmissão pela internet.

Em pouco mais de uma hora, foram apresentados os potenciais econômicos suecos e um histórico sobre o desenvolvimento desde o século 19 – sempre motivado pela valorização da educação. Os indicadores apresentados por ele comprovam isso: 42% da população, por exemplo, têm curso superior concluído e quase todas as universidades existentes são públicas.

A palestra também apresentou as empresas com origem sueca que hoje estão presentes de forma global, como o Spotify (streaming de música), Ericsson (tecnologia), Volvo (fabricante de veículos) e AztraZeneca (biofarmacêutica).

Peter abordou as características culturais dos suecos como a informalidade, independência, igualdade socioeconômica e racial e o trabalho colaborativo. No ensino, trouxe detalhes sobre os custos, o investimento governamental na educação – que está acima da média estabelecida pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), – os programas para graduação e pós-graduação e as possibilidades de bolsa de estudo.  

O vice-cônsul destacou como o conhecimento desenvolvido no Brasil pode ter um papel importante para a Suécia. “Estamos aqui para os estudantes abrirem os olhos para as empresas suecas, mas também para os estudantes suecos se interessarem pelo interior paulista. Inclusive, o futuro, diante da situação que o mundo se encontra, é no agronegócio. Por isso, não é um benefício apenas de um lado. A Suécia pode exportar as experiências dessa região oeste de São Paulo, inclusive sobre esse setor produtivo”, conta Peter.

De olho no intercâmbio

A estudante do 1º termo de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Júlia dos Santos Sobrinho, já tem planos de fazer intercâmbio. Por isso, se inscreveu na palestra para entender mais as possibilidades que a Suécia traz. “Para mim, o intercâmbio é essencial agora. Na área que eu estou seguindo, cada vez a tecnologia vem se desenvolvendo mais. Eu acredito que fora do país eu possa encontrar uma tecnologia mais avançada. Sempre tive interesse em estudar fora do Brasil”, conta.

Entre o público do auditório da Fipp, teve também quem buscava o segundo intercâmbio.  “No ano passado eu fui para os Estados Unidos e fiquei três meses por lá. Já sei o inglês e agora estou buscando novas oportunidades”, conta Daniel Ayer Motta, do 1º termo de Psicologia.

Como saber mais sobre a Suécia?

O projeto “Study in Sweden” tem uma página na internet, que também detalha todos os processos para que estudantes possam ingressar nesse país europeu.
Vale destacar que os estudantes não precisam falar sueco: segundo o governo do país, a Suécia é regularmente classificada como um dos principais países do mundo para falantes não nativos de inglês. Ou seja: os alunos conseguem usar o inglês em qualquer lugar, tanto dentro quanto fora da sala de aula. 

Visita ao campus

Antes da palestra, o vice-cônsul fez uma visita aos campi da Unoeste em Presidente Prudente. “Nunca vi em uma cidade brasileira ou em uma cidade sueca o que eu conheci na Unoeste”.

Peter Johansson se reuniu com representantes da Unoeste - entre eles, os pró-reitores Administrativo, Gabriel de Oliveira Lima Carapeba, e Acadêmico, Dr. José Eduardo Creste, além de representantes do NEAD (Núcleo de Educação à Distância).

No encontro, foi apresentada a história da universidade, o papel que ela desempenha no desenvolvimento das regiões em que atua ao longo dos seus mais de 50 anos e quais projetos estão em andamento nos cursos.

Após a reunião, o grupo fez uma visita pela estrutura do campus 1. O vice-cônsul foi à Arena Lab, à Sala Betha e aos laboratórios de anatomia. Ainda pôde ter contato com tecnologias que são desenvolvidas para ampliar o aprendizado dos alunos, principalmente dos cursos da área da saúde.

“É impressionante que tenha toda essa tecnologia aqui. Pessoas engajadas, professores que vestem a camisa, que querem transmitir a tecnologia... E com tecnologia de ponta”, conta Peter, que está há 18 anos em terras brasileiras.

 “Sempre é um imenso privilégio receber autoridades como o vice-cônsul. Aproveitamos a oportunidade para estreitar ligações e, quem sabe, trabalharmos com parcerias envolvendo a mobilidade internacional, tanto na graduação como na pós-graduação. Para nós, é muito salutar, muito significativo”, afirma o pró-reitor Acadêmico.

Foto: Vinicíus Pacheco

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Fotos: Ector Gervasoni

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