10ª RA registra superávit de empregos formais

PRUDENTE - Jean Ramalho

Data 20/01/2016
Horário 05:19
 

Na contramão dos números do Estado de São Paulo, a 10ª RA (Região Administrativa) fechou o terceiro trimestre de 2015 com um saldo positivo de 801 postos de trabalho, conforme dados divulgados ontem pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Analise de Dados). Responsável por 1,3% do total dos empregos formais do Estado, a região contabilizou 15.708 admissões e 14.907 desligamentos, entre os meses de julho e setembro. Com essa movimentação, o número de empregos foi de 170.284, 0,5% superior ao registrado no segundo trimestre do mesmo ano, que foi de 169.483. E 1,7% menor que o mesmo período de 2014 (173.266), com a eliminação de 2.878 postos de trabalho.

O setor de atividade que mais empregou foi o da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, com a geração de 1.081 postos de trabalho, ou 9,4%. Neste cenário, a ocupação de trabalhador da cultura de cana-de-açúcar absorveu 644 empregados e demitiu outros 357. Com um saldo positivo de 287. Em contrapartida, o ramo da construção civil teve um déficit de 252, ou -4,1%. O cargo de servente de obras teve os piores resultados do setor, com 444 admissões e 569 baixas, o que resultou em um déficit de 125 vagas.

Em menor proporção, o setor de serviços também cooperou para os bons números da região. O ramo obteve um superávit de 270 vagas, ou 0,4%. Assim como atividades profissionais, científicas e técnicas, com 131 postos de trabalho, o equivalente a 1,7%. O decréscimo na indústria de transformação foi ocasionado pela eliminação de 339 postos de trabalho, ou -0,9%, com destaque para confecção de artigos do vestuário e acessórios, com 159 empregados a menos, ou -4,4%.

Os números positivos da 10ª RA seguem uma tendência dos dois primeiros trimestres do ano de 2015. Isso porque, entre janeiro e março, o nível de emprego praticamente não variou, porém, fechou com a criação de 149 postos de trabalho, em decorrência de 18.727 admissões e 18.578 desligamentos. Já de março a junho foram 754 empregos gerados, em virtude de 17.409 novas admissões e detrimento de 16.655 demissões.

 

Alta Paulista


Produzido com base nos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), de responsabilidade do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), o estudo aponta que os números obtidos pela região de Presidente Prudente fugiram à regra do restante do Estado. Os empregos formais celetistas em São Paulo retraíram em 100.970 postos de trabalho, resultado de 1.210.234 admissões e 1.311.204 desligamentos.

Conforme análise da Fundação Seade, a principal contribuição para o saldo positivo da região de Presidente Prudente veio da Alta Paulista. Principalmente as regiões de Adamantina, com a geração de 904 postos de trabalho, ou 3%, e Dracena, com um superávit de 145, ou 0,6%. Em compensação, os municípios da região de Prudente promoveram a eliminação de 248 postos de trabalho, ou -0,2%.

 



































































Ocupações com maiores saldos positivos



Ocupações



Admissões



Desligamentos



Saldo


Trabalhador da cultura de cana-de-açúcar

644



644



287


Alimentador de linha de produção

790



552



238


Motorista de caminhão

843



696



147


Faxineiro

519



434



85


Tratorista agrícola

274



192



82


Auxiliar de escritório

703



643



60


Operador de colheitadeira

81



30



51


Trabalhador agropecuário em geral

317



272



45


Trabalhador volante da agricultura

156



116



40














































































Ocupações com maiores saldos negativos



Ocupações



Admissões



Desligamentos



Saldo


Servente de obras

444



569



-125


Vendedor de comércio varejista

1.206



1.318



-112


Lagareiro

7



90



-83


Operador de acabamento

15



56



-41


Operador de máquinas fixas

14



54



-40


Soldador

60



98



-38


Operador de caixa

300



336



-36


Almoxarife

100



133



-33


Pedreiro de edificações

33



62



-29


Montador de equipamentos elétricos

3



32



-29



 

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego/Cadastro Geral de Empregados e Desempregados/Fundação Seade

 
Publicidade

Veja também