150 menores discutem direitos e deveres

Durante a 6ª Conferência Lúdica Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente participantes debateram políticas públicas

PRUDENTE - Rogério Lopes

Data 23/04/2015
Horário 10:10
 

Quem melhor para debater sobre as iniciativas, ações, políticas públicas e direitos que envolvam a criança e o adolescente do que os próprios interessados, ou seja, os pequenos cidadãos? Pensando nisso, ocorreu ontem, no auditório da Fapepe/Uniesp (Faculdade de Presidente Prudente/União das Instituições Educacionais do Estado de São Paulo), um dia de discussões, conversas e propostas, envolvendo cerca de 150 crianças e adolescentes de várias entidades, associações e projetos sociais da cidade, junto com representantes dos órgãos citados, além do Legislativo, Executivo, Conselhos Tutelares e demais autoridades do setor.

Durante o encontro, intitulado 6ª Conferência Lúdica Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, os participantes puderam explicar o que é política pública para os presentes, falar sobre os direitos da criança e do adolescente, saber quais são as necessidades deles na escola, no bairro, na família e, conforme pontua os organizadores, saber como anda as iniciativas, em Prudente, nas áreas sociais, de educação, saúde, esporte e lazer, para este público.

Jornal O Imparcial Encontro reuniu 150 menores de entidades, associações e projetos sociais da cidade

O encontro discutiu os anseios e a opinião dos jovens, no que diz respeito às atividades que consideram necessárias e ainda faltam no meio em que vivem, as soluções e obras que acreditam que os órgãos competentes devem realizar, entre outros assuntos. Hoje, os debates prosseguem com a 10ª Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, também no auditório da faculdade, porém, desta vez, apenas com os adultos – autoridades que desenvolvem, de alguma forma, ações com o público infanto-juvenil.

Segundo informa a presidente do CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente) – órgão que, junto com a Secretaria Municipal de Assistência Social, organizou o evento – Ana Cristina Fonseca Ornellas, ambos os encontros têm como objetivo conferir e discutir como andam as políticas públicas, no setor mencionado, em Presidente Prudente.

Ornellas esclarece que, na reunião de ontem, dez participantes (entre crianças e adolescentes) seriam selecionados para serem "delegados" e representar a cidade nas conferências regional e nacional, que serão realizadas no decorrer do ano. "Vão representar sua entidade e a cidade, com outros ‘delegados’ adultos, nos encontros do setor", aponta.

Sobre algumas iniciativas que estão em debate e, que, para a presidente, precisam melhorar, está o avanço no ensino profissionalizante, a qualidade do ensino, além de temas como violência, abuso e exploração sexual, que "não podem ficar de fora de encontros do gênero".

 

Importância


Para os pequenos participantes, abrir um espaço para que eles mesmos opinem sobre as dificuldades, problemas do dia a dia e o que deve ser feito para sanar tais situações, é de "extrema importância". Presente na conferência, José Eduardo Lopes de Souza, 15 – que integra a Casa da Criança de Prudente – esclarece que nunca ouviu falar sobre políticas públicas desenvolvidas visando crianças e adolescentes, mas que sabe que eles possuem direitos que devem ser garantidos por lei. "Este evento nos dá a chance de opinar, participar das decisões e discutir sobre assuntos que nos interessam", aponta.

Representando a Associação Bethel – Projeto Mão Amiga – o pequeno Miguel Ângelo Vergara Santos, 10, ressalta que ainda falta muita coisa para melhorar na vida das crianças e adolescentes e, isso, é algo que deve ser conversado. "Sei que tenho direitos e deveres, por isso, temos que participar destes eventos, pois saberemos o que será bom ou não", acrescenta.

O coordenador municipal da Juventude, Juliano Borges, esclarece que a ocasião ajuda os envolvidos do setor a empregar ações e iniciativas, dentro das políticas públicas, com a visão do que as crianças e os adolescentes acreditam ser importante e necessário. "Uma forma de ouvir o maior interessado", conta.
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