340 mil nascem prematuros no país

PRUDENTE - ROBERTO KAWASAKI

Data 14/03/2018
Horário 12:11
Arquivo, Saúde da mãe também pode ficar debilitada pela prematuridade
Arquivo, Saúde da mãe também pode ficar debilitada pela prematuridade

Durante o período gestacional, são diversas as preocupações que adentram o emocional da mulher. Nesta fase, é importante que os cuidados para evitar o nascimento prematuro sejam reconhecidos pelas mamães para que o inesperado não ocorra. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, no Brasil, 340 mil crianças nascem com menos de 37 semanas de gestação a cada ano, o que equivale a 12,4% do total de nascidos vivos no país. Ainda de acordo com um estudo apoiado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), a cada 30 segundos um bebê morre pela prematuridade. Hoje, dia em que é celebrado o Dia Estadual de Atenção ao Prematuro, O Imparcial traz uma reportagem sobre o assunto, com duas médicas da cidade para esclarecer os cuidados necessários durante a gravidez.

A pediatra neonatologista, Patrícia Santana Ribeiro, diz que em Presidente Prudente é comum ocorrer com muita frequência o nascimento de prematuros. Ela diz que tem acompanhado essa maior incidência na cidade devido ao fato de trabalhar em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal, local em que são encaminhados os bebês que nascem com poucas semanas de gestação.

A pediatra explica que os problemas advindos do nascimento precoce podem surgir a longo prazo, o que prejudica o desenvolvimento corporal. De acordo com Patrícia, o bebê corre o risco de adquirir uma infecção precoce, problemas neurológicos e riscos de lesões pulmonares e oculares. Desta forma, ela expõe que a criança vai receber uma “internação prolongada” na UTI neonatal para que não haja complicações no estado de saúde enquanto se recupera.

Quando ocorre o nascimento prematuro, a saúde da mãe também fica debilitada, o que garante uma atenção maior para o seu tratamento. De acordo com a obstetra Marcela Mc Gowan, dentre os principais problemas ocasionados pela prematuridade está a hemorragia pós-parto, o desenvolvimento de uma possível infecção e a depressão nas mães.

 

Causas da prematuridade

Segundo a obstetra, os grandes causadores da prematuridade são as infecções vaginais, de urina e a baixa nutrição da mãe. Esses fatores de riscos atingem uma parcela maior das gestantes que procuram ajuda médica quando percebem que algo não está bem. No entanto, Marcela explica que existem fatores controláveis ou não que levam a um parto prematuro.

Ela conta que entre as causas biológicas que não permitem um controle direto, está a má formação uterina e a insuficiência do colo do útero. Entretanto, os fatores controláveis são as doenças como hipertensão e diabetes. A médica afirma que a violência doméstica também afeta o nascimento do bebê e o risco da prematuridade aumenta. Marcela acrescenta que é possível evitar o parto prematuro a partir do momento em que a mulher “realiza um pré-natal adequado, tem uma alimentação saudável e procura cuidar do corpo”, finaliza.

 

Apoio é essencial

A fim de contribuir para que as crianças prematuras tenham melhores condições de saúde e qualidade de vida, o Instituto do Prematuro - Viver e Sorrir realiza ações de apoio social às famílias e promovem melhorias nas unidades assistências que recebem os bebês. A entidade sem fins lucrativos é constituída por pessoas da sociedade que se unem para ajudar a Disciplina de Pediatria Neonatal da Unifesp/EPM (Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina).to:

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