85% dos bancários da região aderem à greve

Como forma de minimizar a interrupção dos serviços, os caixas eletrônicos funcionaram normalmente, entretanto, alguns clientes foram surpreendidos por não saberem da paralisação.

REGIÃO - Alana Pastorini

Data 20/09/2013
Horário 09:02
 

Do total de 1,2 mil bancários da região, sendo 800 somente de Presidente Prudente, 85% aderiram a greve da categoria iniciada ontem. Segundo o sindicato da classe, as principais reivindicações são aumento salarial de 11,93%, sendo 5% de aumento real, além da inflação, Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15, e mais contratações profissionais. Das sete instituições bancárias com agências em Prudente, seis aderiram. A classe trabalhista informa que não há prazo para encerrar a paralisação.

Jornal O Imparcial Mesmo com a greve iniciada ontem, caixas eletrônicos permaneceram funcionando

Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Presidente Prudente, Edmilson Trevizan, em agosto desse ano, as negociações foram iniciadas, mas até o momento, a pauta não foi fechada, pois os trabalhadores rejeitaram a proposta de aumento salarial de 6,1% dos banqueiros. "Não queremos de forma nenhuma prejudicar a população, buscamos nosso direito e só depende dos bancos aceitarem nossa proposta para voltarmos ao trabalho", expõe. Ainda segundo ele, os 15% da categoria que mantiveram os serviços, em sua maioria, representam os gerentes bancários.

Como forma de minimizar a interrupção dos serviços, os caixas eletrônicos funcionaram normalmente, entretanto, alguns clientes foram surpreendidos por não saberem da paralisação. O aposentado de Taciba, Antônio dos Santos, 46 anos, aproveitou a viagem à cidade para passar no banco e tirar extrato bancário. "Ainda bem que não precisei dos serviços de atendimento pessoal, ficaria complicado. Não sabia da greve. Eles podem fazer isso, estão buscando seus direitos, mas é bom não deixar que a situação afete a população", expõe.

Para a dona de casa Viviane Cristina Teodoro, 31 anos, greve é sinônimo de trabalho extra e de mais filas nas casas lotéricas. "Quem tinha boleto para hoje terá que pagar nas lotéricas, que com certeza estarão com filas imensas, o que dificulta nossa vida, pois perdemos mais tempo", reclama.

A doméstica Ariane Costa, 32 anos, também foi ao banco, mas encontrou as portas fechadas. Conta que teve que recorrer às lotéricas, por causa de contas que venceriam ontem. "Falta de respeito com o cidadão comum. Não sabia da suspensão dos serviços. Não sei usar o caixa eletrônico para pagar contas. Agora perderei mais tempo na fila das lotéricas", lamenta.

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