A construção de uma política cultural sólida não nasce de ações isoladas, mas da soma de vozes, experiências e visões que se encontram em torno de um mesmo propósito. O lançamento do projeto Sesc em Percurso: Gestão Cultural, realizado na quinta-feira no Sesc Thermas de Presidente Prudente, é um exemplo claro de como a união de forças se transforma em motor para o desenvolvimento dos territórios.
Ao reunir representantes de coletivos, produtores independentes, agentes públicos e demais interessados, o encontro reafirmou que a cultura só se fortalece quando há diálogo contínuo. Iniciativas como esta mostram que a escuta ativa e a construção coletiva são caminhos imprescindíveis.
O ciclo de escutas e formações previsto pelo projeto não é apenas uma preparação para o catálogo de cursos e oficinas de 2026. É, sobretudo, um gesto político e comunitário: significa abrir espaço para que o território manifeste suas necessidades, apresente suas potências e permita que profissionais e instituições atuem de forma mais integrada e estratégica.
Diante desse cenário, é preciso reconhecer e parabenizar o Sesc São Paulo pela iniciativa. Ao promover um encontro que valoriza a participação ampla e o diálogo qualificado, a instituição reafirma seu compromisso histórico com a democratização do acesso à cultura e com o fortalecimento das redes locais. Apostar na união é um ato de resistência e o Sesc, mais uma vez, escolhe o caminho que sustenta o futuro.
Fortalecer a gestão cultural local não é apenas qualificar quem atua na área; é fortalecer a própria identidade de uma cidade. E quando essa construção é feita a muitas mãos, o resultado é mais duradouro, mais plural e profundamente significativo para toda a comunidade.
