Já pensou sobre o que você deseja que o seu filho seja daqui a 20 anos? As pessoas têm boas respostas para essa pergunta como: “Quero que meus filhos sejam honestos, íntegros, que saibam expressar suas vontades, que não sejam oprimidos e nem oprimam, que sejam homens e mulheres de valores, que sejam respeitosos e que saibam lidar com situações adversas com resiliência”.
Mas, como evitar o autoritarismo, que se caracteriza pela educação de limites rígidos e sem gentileza e ao mesmo tempo não ser permissivo, deixando a criança fazer o que quiser, sem limite algum?
A disciplina positiva vem como resposta a essa pergunta, propondo aos pais enxergar o comportamento da criança por outra perspectiva, ajudando-os a entender melhor o que a criança necessita e como orientá-la.
As crianças precisam aprender habilidades de vida que vão lhe proporcionar autonomia e aguçar nelas o senso de aceitação e importância, que é o que elas buscam quando se comportam mal.
Por isso, a disciplina positiva tem como base o ensinamento e não a correção. Significa que primeiro precisamos ensinar a criança a como lidar com seus sentimentos e emoções, acolher todos os sentimentos, redirecionar os comportamentos que não são adequados e estabelecer limites de forma firme (demonstrando respeito ao adulto) e gentil (demonstrando respeito à criança), pois simplesmente corrigi-la quando as nossas expectativas não são atendidas não cria uma atmosfera pacífica.
É importante salientar que todos os sentimentos devem ser acolhidos, mas nem todas as atitudes devem ser aceitas. A criança precisa saber, por exemplo, que sentir raiva é normal, mas bater no amigo, na mãe ou no pai, não é aceitável.
Dicas práticas:
• Explique as regras para a criança de forma simples, objetiva e adequada para a idade dela;
• Não exija da criança o que ela não consegue fazer;
• Faça combinados prévios com a criança;
• Foque na solução do problema ao invés de procurar culpados;
• Fale sobre sentimentos e emoções e como lidar com eles;
• Ensine para criança coisas práticas da vida que ela consiga realizar sozinha (arrumar a cama, escovar os dentes, amarrar os sapatos, etc.),
• Evite a punição, pois ela até é efetiva em curto prazo, mas apresenta resultados negativos ao longo da vida.
Ser controlador gera medo e irresponsabilidade, por isso ensine o respeito, a preocupação com os outros, a cooperação, a responsabilidade e a resolução de problemas. Só assim, as crianças formarão um bom caráter para serem bons adultos no futuro.
