Apesar dos constantes alertas, campanhas educativas e reforço da fiscalização, ainda há motoristas que insistem em desrespeitar as leis de trânsito e os números falam por si. Durante a Operação Corpus Christi, encerrada no domingo nas rodovias do oeste paulista, foram contabilizados 12 acidentes, seis deles com vítimas. Nove pessoas saíram feridas de situações que poderiam ser evitadas com o mínimo de responsabilidade ao volante.
Foram 1.010 autuações aplicadas pela Polícia Militar Rodoviária ao longo dos 1.530 quilômetros fiscalizados. A maioria, 746, foi motivada por excesso de velocidade. Um dado alarmante e revelador: a pressa, muitas vezes injustificável, segue sendo um dos principais gatilhos de tragédias no trânsito. A isso somam-se infrações como dirigir sem cinto (150 casos), sob efeito de álcool (50 registros), realizar ultrapassagens perigosas (54) e até mesmo usar o celular ao conduzir (10 flagrantes).
O recado é claro: o desrespeito à legislação continua sendo uma escolha de muitos condutores. Uma escolha egoísta, que coloca em risco não apenas suas vidas, mas a de todos que compartilham a estrada. A imprudência no trânsito não é apenas infração; é um ato de negligência social.
Seguir as regras, reduzir a velocidade, respeitar o outro motorista, o pedestre e o ciclista não é apenas obrigação legal, é um exercício diário de empatia e cidadania. Enquanto alguns continuarem tratando o volante como instrumento de poder e não de responsabilidade, operações como esta seguirão registrando números preocupantes. E, pior, vidas continuarão sendo colocadas em risco, muitas vezes, de forma irreversível.