A insensatez que você fez, coração mais sem cuidado

OPINIÃO - Saulo Marcos de Almeida

Data 27/09/2022
Horário 05:00

Rússia
Impossível não nos entristecermos com a guerra na Europa Oriental envolvendo a Rússia e Ucrânia há mais de seis meses e sem perspectiva nenhuma de solução que devolva às nações e seus povos a justiça, por conseguinte, a paz necessária para a continuidade da vida. Sim, a vida (existência) já tão difícil de ser vivida no seu cotidiano comum e ordinário, entre alegrias e agonias que ela mesma reserva para cada um de nós, humanos. 
Semana passada o "todo poderoso", Vladimir Putin, sinalizou ao mundo até onde ele pode chegar com sua intolerância, truculência e insensibilidade ameaçando, uma vez mais, dispor de armas nucleares caso a Ucrânia não se dê por vencida e os países aliados não desistam de seus apoios bélicos à nação de Volodymiyr Zelenski. A guerra tem acirrado seu ânimo e aumentado sua violência à medida que, internamente, a sociedade russa e seus cidadãos movimentam-se contra os desatinos de seu líder em protestos e êxodo de milhares de homens e mulheres.
Quem diria que a Rússia - segunda nação do Brics com assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, vastíssimo território geográfico/maior país do planeta - veria a diáspora de seu povo acontecer de maneira tão forçosa e intolerante? Será que o líder russo, autocrata de carteirinha há anos, esperava a reação contrária à guerra que ele promove há mais de seis meses para a sua vergonha e (des) legitimação? Ou, pelo menos aguardava a coragem de seu povo para exigir um novo rumo aos países em plena guerra? Aguardemos em oração que os próximos capítulos desse imbróglio, de uma parte da Europa e de todo o mundo, venham com sensatez e amor aos seres humanos que exigem a vida pela instrumentalidade da paz.

Irã
Há cinco dias acompanhamos atônitos o que aconteceu no Irã, país de maioria mulçumana exposta às vísceras de seu fundamentalismo religioso e o que a sharia (lei islâmica) fez de maneira tão desumana com uma simples moça que, em visita à Teerã, ousou usar de forma errada o véu (hijab) que cobria o rosto. A reação à provável violência e morte de Mahsa Amini desencadeou uma onda de protestos no país indicando que as autoridades parecem não aprender com os desatinos de uma fé da letra e não do amor ao seu povo, sobretudo, às mulheres que em pleno século XXI em meio à sociedade da informação e tecnologia, esquivam-se forçosamente da vergonha imposta de apresentarem seus rostos femininos marcados pela intolerância que insiste em delimitar territórios simbólicos e concretos de hostilidade e sacrifícios. Até domingo eram 41 mortes de um triste saldo de violência gratuita e desumana. 

Brasil
Há poucos dias de nossas eleições majoritárias, não é demais pedirmos o respeito e a tolerância que devem preceder e sustentar esse período importante de uma nação republicana e democrática. 
Nossas orações a Deus em favor do povo brasileiro que votará de forma livre e secreta nas Eleições 2022 para cargos executivos e legislativos no próximo domingo. Que a sensatez tome conta de todos os eleitores/eleitoras em torno de 150 milhões e que a cidadania e, principalmente a paz, prevaleçam para o bem de nosso querido Brasil! 
 

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