A inteligência artificial na educação

OPINIÃO - Rosana Borges Gonçalves

Data 27/06/2023
Horário 05:00

O mundo está em constante evolução e transformação, e com a educação não seria diferente. A inteligência artificial tem um potencial revolucionário, oferecendo benefícios significativos para alunos, educadores e instituições educacionais. Porém, é importante analisarmos até que ponto, essa dependência tecnológica é saudável e vantajosa para a educação de nossos filhos. 
Segundo o site brasilescola.uol.com.br, a inteligência artificial, “é um campo da ciência da computação que se dedica ao estudo e ao desenvolvimento de máquinas e programas computacionais capazes de reproduzir o comportamento humano na tomada de decisões e na realização de tarefas”. Ou seja, busca criar programas de computador e algoritmos que possam interpretar, aprender, raciocinar e tomar decisões.
Sua utilização na educação envolve a coleta e o armazenamento de grandes quantidades de dados sobre todo tipo de assunto, inclusive dados dos alunos, podendo analisar seu desempenho e fornecer feedback personalizado.  No entanto, a dependência excessiva de inteligência artificial na educação pode criar uma lacuna de habilidades entre os alunos. Se estes se acostumam a receber respostas instantâneas e soluções automatizadas, podem perder a capacidade de resolver problemas de forma independente, pensar criticamente e tomar decisões. Sem contar com o fato de que nem todos os alunos têm acesso igualitário a recursos tecnológicos e conectividade adequada. Isso pode criar uma divisão entre os alunos que têm acesso às ferramentas, aprofundando ainda mais as desigualdades educacionais.
Em contrapartida, seu uso responsável e igualitário, promove a personalização do aprendizado, adaptando o conteúdo e a metodologia de ensino às necessidades individuais, ajudando a consolidar uma aprendizagem mais eficiente e envolvente, permitindo que os alunos progridam em seu próprio ritmo e se concentrem nas áreas em que têm mais dificuldades, personalizando assim o aprendizado, a colaboração em rede, a melhoria da eficiência e produtividade. A inteligência artificial não substituirá o papel dos educadores, mas pode capacitá-los e aprimorar sua prática pedagógica.
Por fim, com uma abordagem cuidadosa e ética, a inteligência artificial parece ser um caminho sem volta e
tem o potencial de moldar um futuro promissor para a educação, desde que utilizada com total responsabilidade e coerência. A colaboração humana é e sempre será o diferencial. O apoio emocional e a orientação dos professores continuam sendo elementos cruciais na educação. Posto isso, que as ferramentas tecnológicas sejam vistas apenas como complementares, e não como substitutos.
 

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