Estreou na Netflix, na sexta-feira (18), o último filme do ator Chadwick Boseman, que faleceu precocemente em agosto por conta de complicações de um câncer de cólon. Sua despedida das telonas é marcada de homenagens, emoção e talento. Além disso, ele é um dos atores mais cotados para concorrer ao Oscar póstumo em 2021.
De acordo com a crítica, é a concretização de seu talento, iluminando-o com holofotes teatrais. O drama mostra uma obra em que as atuações têm um peso maior do que o habitual e, conta com o peso de sua performance, onde ele é um trompetista que sonha alto, apesar de todas as limitações de sua classe social.
Não podemos ignorar a poderosa presença de Viola Davis, que se mostra uma impecável cantora da década de 20 e, que entra em conflito com a indústria musical de Chicago. A luz da obra os faz literalmente brilharem, o que remete a todo o contexto da época. Esse tipo de filmagem permite o espectador visualizar incríveis close-ups, “visuais de chamas” e seus olhares emocionados.
O enredo segue a dinâmica teatral, onde cada personagem tem seu tempo de monólogo, para apresentação, com presença de flashbacks. Talvez a única falha deste enorme potencial cinematográfico seja o pecado do diretor em não ter feito uma cena de duelo entre Boseman e Davis, já que as faíscas deste relacionamento aparecem com certa frequência.
O filme respeita o espírito dos palcos, mostra a exploração da cultura negra pelos brancos e, a base em uma história real do crescimento da popularidade do blues, que muitos infelizmente desconhecem. Essa despedida triste, mas de certa forma bela, mostra que Chadwick sempre foi acima da média, mas infelizmente, seu verdadeiro reconhecimento veio após seu triste falecimento! Uma homenagem necessária a este grande ator e toda celebração que a cultura afro merece! Corra para a Netflix e veja esse belo filme!
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