Acervo expõe estatutos de facções criminosas

Documentos foram apreendidos dentro das próprias prisões e estão expostos no Museu de Medicina Legal da Toledo, em Prudente

PRUDENTE - JEAN RAMALHO

Data 13/01/2017
Horário 07:41
 

O que pode e não pode dentro do contexto de uma facção criminosa. Basicamente é esse o conteúdo de alguns dos estatutos das principais organizações que atuam dentro e fora das unidades prisionais do Estado de São Paulo. E tais documentos, que foram apreendidos dentro das próprias prisões, estão expostos em um lugar aberto à visitação, no Museu de Medicina Legal da Toledo Prudente Centro Universitário, em Presidente Prudente. No mesmo local ainda é possível ver fotos e instrumentos de crimes registrados em Prudente e região, bem como objetos confeccionados pelos detentos dentro dos presídios.

Jornal O Imparcial Local conta também com fotos e instrumentos de crimes registrados em Prudente e região

Os códigos de conduta e de honra disponíveis no acervo envolvem pelo menos quatro grupos criminosos que atuam na região. Um deles é o da principal facção que controla presídios e coordena ações no Estado. A organização baseia suas ações num estatuto escrito à mão, com 16 artigos que devem ser rigidamente seguidos por seus integrantes. Os documentos contêm também relatos dos membros dos grupos e objetivos de cada facção.

Tudo isso está exposto no Museu de Medicina Legal, denominado também de Acervo Didático e Criminal. De acordo com informações contidas no site da Toledo Prudente Centro Universitário, o lugar foi fundado em 1965 e, desde então, serve para fins didáticos e pedagógicos nas aulas da disciplina de medicina legal e criminologia.

Conforme o coordenador do curso de Direito da Toledo, o professor Sérgio Tibiriçá Amaral, atualmente o museu é coordenado pelo professor Florestan Prado, que ministra aulas interativas no local. "A gente tem um espaço, um acervo de medicina legal, onde a gente tem uma aula interativa. Nela, o professor explica na prática a aplicação dos objetos nos crimes, tal como a organização dessas facções criminosas e suas atuações", comenta Sérgio Tibiriçá.

 

Visitas abertas

Mas, além das aulas, o acervo também é aberto e pode receber visitas de pessoas interessadas, justamente por seu apelo curioso e por ser uma das poucas coleções com esta temática. As visitas ao Acervo Didático e Criminal podem ser agendadas junto ao Departamento de Marketing do Centro Universitário, pelo telefone 3901-4000.

 
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