Acidose ruminal em bovinos nos sistemas intensivos de terminação traz prejuízo de US$ 9 por animal 

Cristiano Machado

COLUNA - Cristiano Machado

Data 03/02/2022
Horário 07:00
Foto: Divulgação
A acidose diminui a ingestão de matéria seca, a digestibilidade dos nutrientes, o ganho de peso e, consequentemente, a eficiência alimentar
A acidose diminui a ingestão de matéria seca, a digestibilidade dos nutrientes, o ganho de peso e, consequentemente, a eficiência alimentar

A busca por maior eficiência produtiva, padronização da carcaça, menor idade ao abate e, consequentemente, maior produtividade, leva ao aumento da intensificação do sistema produtivo, como a terminação em confinamento ou terminação intensiva a pasto (TIP).  E para isso, os níveis de energia disponibilizados em dietas dos bovinos de corte são elevados, devido às fontes ricas em amido (milho, sorgo e aveia, por exemplo). Isso representa um ponto de atenção para os pecuaristas, que precisam redobrar a atenção com a ocorrência de acidose ruminal, ruminites e abscessos no fígado, que podem ser determinantes para a maior rentabilidade da atividade. O alerta é da doutora em nutrição de ruminantes pela Unesp (Universidade Estadual Paulista), Vanessa Carvalho, gerente técnica de bovinos da Phibro Saúde Animal. 
Vanessa explica que "com essas dietas de alto valor energético, podem surgir doenças metabólicas, como a acidose ruminal, nas formas aguda e subaguda. A doença é causada pela diminuição do pH do rúmen, geralmente devido ao consumo de dietas ricas em carboidratos não fibrosos, o que causa acúmulo de ácidos graxos de cadeia curta no rúmen", explica a especialista da Phibro. 
A acidose diminui a ingestão de matéria seca, a digestibilidade dos nutrientes, o ganho de peso e, consequentemente, a eficiência alimentar. Além disso, pode causar ulcerações na mucosa ruminal, laminites, ruminites e abcesso hepático. "Em rebanhos de corte, os prejuízos devem-se principalmente à variação no consumo de MS, comprometendo o desempenho, eficiência alimentar e o rendimento de carcaça. Em um estudo sobre a perda econômica da doença, o custo foi superior a US$ 9 por boi", esclarece Vanessa Carvalho.
Entre as diferentes formas de contornar esse desafio, a gerente técnica de bovinos da Phibro recomenda o uso de aditivos, que contribuem para a saúde ruminal dos bovinos, promovendo maior segurança metabólica e controle de pH. É o caso do V-Max, desenvolvido pela Phibro Saúde Animal. À base de virginiamicina, o produto modula a fermentação ruminal, evitando quedas bruscas de pH, reduzindo a chance de acidose. "Além disso, com a manipulação ruminal, ocorre maior produção de propionato e menor produção de metano. Dessa forma, os animais têm maior consumo de MS, aproveita de maneira mais eficiente a dieta, ganha mais peso e possui maior eficiência alimentar”, conclui a gerente. (Por Vitorya Paulo, da Texto Comunicação)


“Todas as exigências tanto da produção integrada quanto da produção orgânica fazem com que nós produtores busquemos sempre melhorias e tecnologias que ajudem em todo o processo, desde a produção, processamento e armazenamento, agregando, assim, valor ao produto final”.
Ingrid Souza, da Staw Agricultura, do Paraná, que obteve o Certificado de Conformidade Orgânica para produção de morango in natura, morango congelado e morango liofilizado pela Ecocert Brasil Certificado, no início de 2022.

Alternativa rentável para agricultura familiar, produção de crambe é discutida na região 

Na última semana, cerca de 60 pessoas ‒ entre técnicos e produtores rurais de vários municípios ‒ participaram de uma palestra oferecida pela Prefeitura de Lucélia, em parceria com a Casa da Agricultura local, para apresentar o crambe, uma planta que começa a ser mais conhecida recentemente no Estado de São Paulo, em especial na região oeste, onde ficam os municípios de Lucélia, Osvaldo Cruz, Adamantina, Junqueirópolis e Dracena.
“A opção dos organizadores pela apresentação na parte da noite foi para que os produtores rurais pudessem ter mais facilidade de acesso, já que o principal público é da agricultura familiar”, contou a técnica em gestão ambiental Alessandra Rodrigues, da Prefeitura de Lucélia, que tem convênio firmado com a Casa da Agricultura, a qual é da área de atuação da CATI Regional Tupã.
“O evento intitulado “Crambe – Oportunidade de safrinha sem riscos” foi possível graças às parcerias entre a Prefeitura de Lucélia, o Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Cati, e a Granol”, afirmou o palestrante Fábio Vanzei, diretor agronômico da Agro Novas Energias, uma das empresas organizadores do evento que ocorreu nas dependências da Escola Municipal Maria do Carmo de Menezes Mendonça, em Lucélia.
Para Rodrigo Lemes, diretor técnico da Cati Regional Tupã, essa foi uma oportunidade de apresentar uma planta que tem vários atrativos para aqueles que possuem uma área livre e precisam melhorar o solo, pois atua como adubação verde, é uma excelente opção na rotação com a soja e tem mercado certo. “Faz parte do nosso papel oferecer e apresentar alternativas aos nossos produtores”, evidencia Lemes.
O crambe é da família das crucíferas, assim como a mostarda, tem grande potencial para a produção de matéria-prima para o biodiesel, porém é mais conhecido na região Centro-Oeste do Brasil. No entanto, está chegando em nossa região (oeste do Estado de São Paulo) como uma ótima opção para a agricultura familiar, esclarece Alessandra Rodrigues, que trabalha na Casa da Agricultura, voltada às ações de extensão rural.
Alessandra afirma tratar-se de uma planta rústica, de fácil adaptação climática, a qual apresenta grande tolerância à seca, uma cultura de desenvolvimento rápido que pode ser cultivada após a colheita da soja, em substituição ou como alternativa ao milho safrinha. “Além de ser uma cultura que não oferece grandes riscos, sejam financeiros, sejam de perdas na cultura, apresentando-se como alternativa rentável e o ganho potencial por se tratar de uma planta que auxilia as safras principais, pois é uma excelente adubação verde”, afirma a técnica.
Serviço - Aqueles que tiverem interesse ou quiserem mais informações podem entrar em contato com a Casa da Agricultura de Lucélia pelo telefone (18) 3551-1298. (Da Agricultura SP)

Agricultura/SP

Planta tem vários atrativos para aqueles que possuem uma área livre e precisam melhorar o solo

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