A Acipp (Associação Comercial e Empresarial de Presidente Prudente), por meio de seu Conselho de Administração e num gesto viabilizado pelos seus associados, doará o valor de R$ 98.698 para custear a aquisição de equipamentos para a Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente, são eles: dois carros de emergência, no valor de R$ 11.980, dois desfibriladores, no valor de R$ 54,4 mil, e dois monitores multiparâmetros, no valor de R$ 32.318. “A decisão foi tomada na reunião do Conselho de Administração da Acipp no dia 26 de fevereiro, e a compra está sendo efetuada pela Santa Casa”, afirma o presidente do conselho, Ricardo Anderson Ribeiro.
Ainda conforme Ricardo, se a situação da pandemia já era crítica, agora, existe um quadro ainda mais dramático, o que faz com que a Acipp, “sempre sensível aos problemas da comunidade prudentina”, contribua novamente para a melhora deste cenário de maneira regional.
“O momento é de grande dificuldade e requer a mobilização da sociedade. No ano passado, visando melhorar a disponibilidade de leitos de UTI [Unidade de Terapia Intensiva], a entidade doou para a Santa Casa três monitores para serem utilizados com os respiradores doados pelo governo paulista. Na ocasião, R$ 61 mil foram arrecadados numa campanha junto aos associados da Acipp e repassados à Santa Casa”.
De acordo com a gestora-executiva da Santa Casa, Sumara Passos Souza, esses equipamentos são fundamentais nos atendimentos de urgência e emergência, e também se estendem aos casos de Covid-19. “Uma doação muito bem-vinda nesse momento delicado, em que estamos no limite da nossa capacidade. Nosso imenso agradecimento à Associação Comercial e Empresarial de Presidente Prudente”.
Vale lembrar que, após a Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente anunciar que suspendeu as cirurgias eletivas na semana passada por conta do atual estoque de medicamentos, o hospital também divulgou uma carta aberta à sociedade, relatando a situação preocupante em que se encontra devido ao agravamento da pandemia da Covid-19.
O documento, o qual a reportagem teve acesso e publicou no sábado, detalha que, na quarta-feira, a unidade chegou ao “colapso total”, assim descrito pela Santa Casa, pois não havia mais “pontos de oxigênio” e ventiladores mecânicos disponíveis, sendo necessário utilizar respiradores de transportes para continuar atendendo os pacientes no pronto-socorro.
No documento, assinado pelo provedor Itamar Alves de Oliveira, consta que a Santa Casa tem 66 leitos disponíveis para casos de Covid-19, sendo 45 clínicos e outros 21 de UTIs. No entanto, frisa que a quantidade não está sendo suficiente para atender todos os pacientes que procuram a unidade hospitalar. “Há um mês a Santa Casa está com seus leitos 100% ocupados para atendimento ao novo coronavírus. [Nesta quarta-feira] o hospital totalizou 34 pacientes graves de UTI e, destes, 33 estavam em ventilação mecânica. Todo casos de Covid-19”, relatou.
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