Após sucessivos adiamentos no cronograma e um período de instabilidade em relação ao futuro do Aeroporto Estadual Adhemar de Barros, em Presidente Prudente, o início das obras de reforma e ampliação, previsto para hoje, 2 de dezembro, segundo a concessionária ASP, representa mais do que a retomada de uma infraestrutura estratégica. Trata-se do resultado de uma luta coletiva, longa e incansável, conduzida pela sociedade civil organizada do oeste paulista, uma vitória construída com trabalho, cobrança e persistência, mas que ainda exige atenção e acompanhamento rigoroso.
Há anos, a UEPP, ao lado da Abav-SP/Aviesp (Associação Brasileira de Agências de Viagens de São Paulo / Associação das Agências de Viagens do Interior do Estado de São Paulo), Acipp (Associação Comercial e de Inteligência de Presidente Prudente), Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Prudente, Grupo Empresarial Lidera, Codepp (Conselho Municipal de Desenvolvimento de Presidente Prudente) e diversas outras instituições regionais, com apoio do deputado estadual, Mauro Bragato, mantém essa pauta como prioridade.
Foram dezenas de reuniões com a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), cobranças formais e diálogo direto com a concessionária ASP. Esses encontros não foram meramente protocolares: foram momentos decisivos de posicionamento, nos quais a região reafirmou sua voz, seu potencial e, sobretudo, a urgência por um aeroporto moderno, seguro e compatível com a realidade econômica que já vivemos.
Um aeroporto funcional e estruturado é condição básica para atrair investimentos, impulsionar o turismo de negócios, ampliar o fluxo de pessoas e fortalecer setores essenciais como serviços, comércio, agronegócio, tecnologia e educação, pilares que sustentam a economia do oeste paulista.
A permanência dos voos comerciais, aliada à entrega efetiva das melhorias prometidas, será um verdadeiro divisor de águas. É isso que torna uma região competitiva, que aproxima Presidente Prudente de centros econômicos estratégicos, reduz distâncias e amplia o acesso a mercados, oportunidades e novos negócios. Em um cenário cada vez mais disputado entre cidades, ter um aeroporto eficiente não é luxo: é uma necessidade estratégica de desenvolvimento.
Entretanto, apesar do início anunciado das obras, o momento ainda exige cautela, responsabilidade e vigilância permanente. Atualmente, a Anac mantém restrições válidas até março de 2026, limitando o aeroporto a apenas seis voos regulares e proibindo operações noturnas sem a implantação do sistema Papi. Essas limitações só serão retiradas após a conclusão integral das melhorias exigidas, o que reforça que o verdadeiro avanço só virá com a entrega efetiva das obras, dentro dos padrões técnicos e prazos estabelecidos.
Por isso, celebramos este marco, mas não abrimos mão do nosso papel de fiscalização e cobrança. A UEPP continuará acompanhando cada etapa do processo, defendendo as pautas de interesse público e exigindo que as melhorias saiam do papel e se traduzam, de fato, em mais opções de voos, maior conectividade e melhores serviços à população.