Ainda falta consciência, responsabilidade e, por incrível que pareça, amor à vida

EDITORIAL -

Data 25/09/2020
Horário 04:30

Estamos na terceira semana de fase amarela do Plano São Paulo. Será que continuamos assim até a próxima revisão? É o que a maioria espera. Com comércio e shopping centers funcionando por mais tempo - agora com 40% da capacidade -, bares e restaurantes abrindo oito horas por dia, além de academias, escritórios, salões de beleza e barbearias retomando os serviços, mesmo que com algumas limitações. 
Mas será que a população, que torce e vibra pela flexibilização do isolamento e retorno gradual da economia, também está contribuindo para frear ou reduzir o número de contaminações do novo coronavírus por aqui? No mínimo respeitando as medidas impostas quando saem de casa, mantendo a distância segura e fazendo o uso de máscaras?
Na média geral de todo o território paulista, conforme matéria divulgada na edição de ontem, o Governo do Estado de São Paulo contabiliza um recuo de -13,5% nos óbitos por Covid-19, levando em conta a variação semanal, isto é, a comparação dos últimos setes dias com os últimos setes dias anteriores. No entanto, ao separar esses números por performance de cada DRS (Departamento Regional da Saúde) 11, o de Presidente Prudente, além de mostrar um aumento variacional na quantidade de mortes, tem o maior superávit: 87,5%, se analisadas todas as regiões do Estado. 
A cidade em si vem registrando óbitos quase todos os dias. Até ontem, já eram 123 vítimas fatais, fora as 4.276 confirmações da doença. Na região, estes números chegam a 332 mortes e 12.152 casos positivos. Municípios pequenos não têm ficado para trás. Em Pirapozinho, que chegou a confirmar 98 casos em apenas um dia (no total, agora, são 805 registros e 14 mortes), a Divisão Municipal de Saúde precisou firmar uma parceria com a Polícia Civil, na última semana, para fiscalizar moradores que não cumprem o isolamento domiciliar. A medida surgiu após o aumento no número de contaminados e o desrespeito dos que foram notificados e não estavam ficando em casa, pelo contrário, estariam até participando de festas. Parece mentira, mas não é.
O feriado de 7 de setembro, com praias, bares e parques lotados, país afora, também mostra que o brasileiro, infelizmente, ainda não se deu conta do inimigo que ele enfrenta. A pandemia não acabou. A Covid-19 segue fazendo vítimas. Famílias continuam sendo desfeitas. Quantos não estão sepultando seus familiares e amigos, sem ao menos se despedir? A vacina ainda não saiu. Qual o motivo para relaxar? Falta consciência. Onde está a responsabilidade? Tenha amor pela vida, pela sua e a do próximo.  

Publicidade

Veja também