Nos últimos meses, o consumo de bebidas adulteradas com metanol tem acendido um grave alerta em todo o Estado de São Paulo. A substância, altamente tóxica, é utilizada de forma ilegal em destilados e outras bebidas alcoólicas falsificadas, representando risco extremo à saúde, podendo causar cegueira, falência de órgãos e até a morte. Diante desse cenário, reforçar a atenção da população e destacar a estrutura de resposta do sistema público de saúde é fundamental.
Em Presidente Prudente, o Hospital Regional Doutor Domingos Leonardo Cerávolo figura entre as unidades de referência para o fornecimento de ampolas de álcool absoluto, uma das substâncias utilizadas como antídoto em casos de intoxicação por metanol. A posição do HR como elo essencial dessa rede demonstra a importância da instituição no enfrentamento rápido e eficiente de emergências que ameaçam a vida.
Segundo o Governo do Estado, foi estruturada uma ampla rede de atendimento para identificar e tratar os casos suspeitos, envolvendo a Secretaria de Estado da Saúde, hospitais de referência e farmácias hospitalares. O protocolo unificado permite diagnóstico precoce, uso imediato dos antídotos, etanol 99,5% e fomepizol, e monitoramento contínuo dos pacientes. Essa resposta coordenada visa reduzir o risco de sequelas e garantir maior segurança à população.
No entanto, o enfrentamento dessa ameaça não depende apenas do sistema de saúde. É necessário que o consumidor redobre a atenção na origem das bebidas que consome, evitando produtos de procedência duvidosa e priorizando estabelecimentos confiáveis. O metanol não tem cheiro nem sabor distintos que permitam sua identificação, o que torna o perigo ainda mais silencioso.
Ao mesmo tempo em que o Estado se mobiliza, o papel do HR de Presidente Prudente merece reconhecimento. Sua atuação como referência regional reforça a capacidade técnica e a importância estratégica do hospital no atendimento de alta complexidade. Em momentos críticos, é essa estrutura que garante o socorro imediato e aumenta as chances de recuperação das vítimas.
Diante de uma ameaça invisível e potencialmente fatal, a informação e a vigilância tornam-se nossas maiores aliadas. Cuidar da saúde começa pela prevenção e pela escolha consciente do que se consome.
