Destaque no carnaval de Salvador (BA), em 2015, a cantora e ex-vocalista da banda Cheiro de Amor, Alinne Rosa, comemora seu primeiro ano de carreira solo com o lançamento, no início do mês, de sua nova música de trabalho: "Nada está normal" (Felipe Oliver/ Matheus Aleixo). Docemente tímida, e com um carisma adorável, a baianinha de Itabuna falou à reportagem que esta canção faz parte do seu primeiro disco solo, o EP "Estilo Meu", que conta ainda com "Pulaê" (Thierry Coringa / Fábio Alcântara/Rafinha); "Chegue Chegando" (Thierry Coringa / Samir / Gigi); "Complicamos Demais" (Thiago Gimenes / Tailla Araújo); e "Estilo Meu" (Tattau), todas inéditas.
"Essa música é uma das minhas preferidas. É uma baladinha romântica que tem uma letra que muita gente se identifica. E com o lançamento do clipe, tenho percebido que a galera está mesmo curtindo, gostando de verdade. Estou muito feliz", declara.
Em maio, cantora estará com sua primeira turnê solo nos EUA
Em pique total, Alinne tem ganhado as estradas do país levando seu show com uma mistura dos grandes sucessos de sua antiga banda, e as canções inéditas do seu novo projeto. Segundo ela, sua agenda está bem legal. Ela conta que esteve em São Paulo fazendo divulgação. Na última sexta-feira, esteve no badalado Chá da Alice – Edição Chá da Rosa, no Rio de Janeiro. Nos dias 25 e 26, na Micareta de Feira de Santana 2015; 3 de maio, em Salvador; e no dia 8, em Minas Gerais.
"Em maio, estarei com a primeira turnê solo nos Estados Unidos. Estou muito ansiosa e agradecida por tudo que tem acontecido nesta minha nova fase! Só tenho a agradecer aos meus fãs, seguidores, equipe... Enfim, a todos que têm torcido por mim", salienta.
Parceria positiva
Alinne demonstra humildade, pois apesar estar em carreira solo, faz questão de mencionar, orgulhosa, a equipe de peso que tem a acompanhado nesta etapa. São eles: Ricardo Guerra (Barata), na guitarra; Cássio Brasil, baterista; os percussionistas Marcus Pires (Musk) e Rodrigo Calmon; Billy Rasec e Rodrigo Fróes, no baixo; e Gil Alves e Amarildo Souza Farias (Fire), nos vocais.
"Preparamos um show dançante onde toda a banda realmente participa. Isso graças à direção musical impecável de Alexandre Lins e Daniela Pena, uma coreógrafa que dispensa comentários! Eles são os responsáveis por toda estética do novo show, muito mais organizado, com início, meio e fim. O que me deixa mais segura, e o espetáculo fica ainda mais bonito", ressalta a cantora.
"Dando um passo de cada vez, tenho certeza que tudo dará certo. Esse clipe que gravei, por exemplo, veio naturalmente. Estava fazendo uma sessão de fotos, coloquei uma historinha na minha cabeça, e sem ensaio nenhum, ali, na hora, ele nasceu. Algo assim, despretensioso que ficou muito bonito. Vivo um dia atrás do outro... O próximo passo será outro EP", adianta.
O EP
A musa do axé diz que a colheita tem lhe rendido bons e doces frutos. Eleita a primeira música de sua carreira solo, "Complicamos Demais" ganhou o Brasil como tema de Helena, protagonista da novela "Em Família". Piano e violinos dão toque à romântica balada, mas não pensem que a cantora deixou de lado a pulsação da música baiana. De acordo com ela, esse primeiro disco solo traz escancarada toda sua personalidade cheia de energia e vibração positiva.
Ela explica que o formato escolhido, o EP (Extended Play), lançado pelo iTunes, é uma tendência entre os artistas do mundo inteiro. "Antigamente lançávamos um disco com muitas músicas e acabávamos por não trabalhar bem todas elas. Era uma ou outra que era explorada. Com o EP, existe a possibilidade de trabalharmos melhor todas as canções. E não enjoa. E com a internet a velocidade com que as coisas atingem é impressionante", ressalta.
Trajetória incentivadora
A menina nascida e criada em Itabuna (BA) teve um ícone da música brasileira como inspiração para a vida de cantora. Conforme ela, o eterno rei Roberto Carlos foi seu primeiro contato com a música. Isso porque dona Nete, sua amada mãe, é fã incondicional do cantor, até os dias de hoje.
"Não passava um dia sequer sem ouvir suas canções. Mas ela tinha ainda uma coleção gigante de LPs de outros grandes cantores, e eu curiosa ficava fuçando. Até que um dia encontrei uma fita com quatro músicas de Flávio Venturini e foi ai que tive certeza que poderia também cantar", narra.
"Aprendi com ele os vocais, ouvindo aquela fita eu fui prestando atenção em tudo que ele fazia com a voz e descobri que conseguia fazer aquilo também", expõe.
Assim, aos 16 anos, Alinne Rosa, de carona, foi sozinha para Salvador já com o sonho de ser cantora. Ela conta que chegando lá encontrou muitas dificuldades: não conhecia ninguém, não tinha dinheiro nem para pegar um ônibus. "Minha família nem imaginava o que eu passava, mas eu tinha um sonho, uma vontade de crescer e de cantar. E com persistência, graças a Deus as portas logo começaram a se abrir", exclama.
Ela começou participando como backing vocal em uma pequena banda de axé, até que em 2003 foi convidada para comandar a banda Cheiro de Amor, onde esteve até o carnaval de 2014. Foram três DVDs, seis CDs lançados e inúmeros prêmios como cantora.
Agradecimento
Alline fala que a banda foi um aprendizado muito grande, e tudo que viveu nesses anos foi mais que importante. "Entrei como backing vocal e aprendi tudo fazendo com muito amor. Isso ficará para sempre! Sou muito grata. A única diferença é que hoje em carreira solo posso acrescentar, ter autonomia. Espero cantar muito, tudo que faço é planejado, mas sem neura", conclui.
