Após 23 dias, bancos retomam atendimentos

Ontem, a movimentação nas unidades da área central de Prudente era grande, formando até mesmo fila na porta das agências

PRUDENTE - Ynaiê Botelho

Data 15/10/2013
Horário 08:58
 

Na manhã de ontem, as agências bancárias que haviam aderido à interrupção dos serviços reabriram suas portas. A movimentação nas unidades da área central de Presidente Prudente era grande, formando até mesmo fila na porta dos bancos. De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Prudente e Região, Edmilson Trevizan, o fim da maior greve dos últimos 20 anos na região vai exigir um pouco de paciência dos usuários, até que tudo volte ao normal. "Muito trabalho ficou parado, e nos primeiros dias os bancos devem lotar, no entanto, creio que até o final da semana a situação irá se regularizar", destaca. Segundo ele, a reposição dos dias parados será feita por meio uma hora de trabalho diária a mais para os bancários. "Foi acordado com os bancos que até o dia 15 de dezembro, os funcionários estarão no local por mais uma hora. O que sobrar o banco é responsável por abonar", destaca.

Jornal O Imparcial Ontem, algumas pessoas chegaram à fila do banco com até 3 horas de antecedência

A abertura das portas, após 23 dias, causou prejuízos a alguns usuários, como no caso da desempregada Kátia Regina Santos, 36 anos, que aguardava na fila da agência bancária desde as 8h30. "Fiz um empréstimo antes da greve e até hoje não consegui pegar o dinheiro", conta. Neste período, o pedreiro José Deodato Sobrinho, 65 anos, saiu do emprego e teve problemas para retirar o fundo de garantia. "Há semanas estou tentando pegar meu dinheiro e não consigo, mas acho que hoje dá certo", relata.

As contas da aposentada Gisele Beatriz Pedrosa, 35 anos, estavam atrasadas devido à paralisação. "Meu cartão venceu e eu não consegui tirar o dinheiro para pagar. Espero que hoje o atendimento seja bom, porque nós, usuários, fomos prejudicados", diz. Para o aposentado Fernando Paiva, 67 anos, a greve prejudica a população, em especial, mais humilde. "Quem pode, liga pro gerente do seu banco, ou faz os serviços pela internet", expõe.

No entanto, há quem defenda a iniciativa. A aposentada Josete Aparecida de Oliveira, 55 anos, era a última da fila, mas, mesmo assim, não foi contra a ação dos trabalhadores. "Também fui prejudicada, não consegui pagar algumas contas devido ao limite para depósito, mas creio que as pessoas devam lutar pelos seus direitos", opina.

 

Acordo


Conforme já publicado em O Imparcial, de acordo com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), além do reajuste de 8% a ser aplicado no salário e benefícios, os bancários ainda receberão um vale-cultura no valor de R$ 50 e um dia de abono para usarem durante o ano. Quanto à Participação nos Lucros e Resultados (PLR), a federação diz que o valor fixo da regra básica do benefício será reajustado em 10%, assim como a parcela do lucro líquido distribuído em parte iguais. Em geral, o auxílio-refeição passará de R$ 21,46 para R$ 23,18; a cesta alimentação subirá de R$ 367,92 para R$ 397,36; e o auxílio-creche/babá antes cotado em R$ 306,21, agora será R$ 330,71, por filho de até 6 anos.
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