Após 40 anos, turma de Odonto realiza reencontro na Unoeste

Colegas de faculdade não se viam desde a colação de grau, realizada em dezembro de 1982; eles revisitaram vários laboratórios do campus 1, entre eles o de Habilidades Odontológicas

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 16/11/2022
Horário 18:31
Foto: Emerson Sanchez/Unoeste
Num tour rápido pelo campus 1 da Unoeste, turma revisitou laboratórios onde aprendeu as técnicas da profissão
Num tour rápido pelo campus 1 da Unoeste, turma revisitou laboratórios onde aprendeu as técnicas da profissão

“Juntos Traveis”. A linguagem descolada e estampada na camiseta feita especialmente para ocasião era para anunciar o orgulho da turma de Odontologia, formada na Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) em 1982, que conseguiu fazer com que a maioria da sala estivesse junta outra vez 40 anos depois da colação de grau. O reencontro especial e de muitas gargalhadas, abraços e lembranças do passado ficou ainda mais nostálgico, porque o ponto de encontro foi o campus 1 da universidade. A visita ocorreu no último sábado (5), quatro décadas depois de receberem o diploma e encararem os desafios da profissão. Eles revisitaram laboratórios onde aprenderam as técnicas da profissão num tour rápido pela expansão do campus 1, e ficaram impressionados com o quanto estes espaços acadêmicos se transformaram de lá para cá.
A turma, que há muitos anos vinha tentando marcar o reencontro, só conseguiu articulá-lo durante a pandemia e graças às redes sociais. O responsável por encontrar os antigos colegas de sala foi o seo Marcelino Fernandes Colino. Ele criou um grupo no Whatsapp para facilitar as tratativas quanto a possíveis datas. “A gente conseguiu localizar através de outro colega, eu falando com ele, ele falou ‘eu conheço mais fulano’ e foi um chamando o outro. Eu idealizei o grupo no Whatsapp, foi entrando o pessoal e logo começaram as articulações que aconteceram num esforço conjunto mesmo, facilitando esse reencontro”, contou.
A turma foi tão criativa que até o crachá de identidade de cada um foi personalizado. É que como se passaram muitos anos, a ideia era trazer na foto de cada um os rostinhos lá dos tempos da faculdade, já que os traços físicos mudaram bastante com o passar de quatro décadas. Dessa forma, ficou muito mais fácil identificar os colegas. “É um sentimento de vitória poder estar aqui. E de saber também que o lugar onde você estudou, tá cada vez melhor. O que é muito importante, até mesmo pela responsabilidade da nossa profissão”, considerou.
A visita começou pelo Laboratório de Habilidades e Simulação (Lhabsim), no bloco E. O auxiliar de docência, Leonardo Santana, mostrou aos visitantes vários ambientes de aprendizagem, entre eles, as salas de simulação de parto, de clínica médica e cirúrgica, e de clínica médica e avaliação. De lá, eles foram conhecer os laboratórios de Anatomia Humana (onde ficam as peças reais e sintéticas para estudos) e de Ciências Morfofuncionais, ambas no bloco H. Depois, passaram ainda pelo Laboratório de Habilidades Odontológicas, no bloco B, e nas Clínicas Odontológicas que fica no bloco C. Neste lugar, tiveram àqueles egressos mais brincalhões que até sentaram e deitaram nas cadeiras, simulando cirurgias no ambiente de aprendizagem. 
Ao fim do passeio, eles ainda conheceram a Sala Betha e a Arena Lab, que deve ser inaugurada em breve. Ambos locais foram apresentados pelo responsável pelo Departamento de Design Instrucional da Unoeste, Antônio Sérgio Alves de Oliveira.

Dentistas Brasil afora

Depois de formados, cada um da turma de Odonto de 1982 foi atuar profissionalmente em cidades e Estados diferentes. Tanto que no reencontro do último sábado vieram egressos que hoje moram em Assis, Bebedouro, Campo Grande (Mato Grosso do Sul), Marília, Poloni, Ribeirão Preto, Santa Cruz do Rio Pardo, Santos, Santo Antônio da Platina, São Bernardo do Campo, São Paulo (capital), São José do Rio Preto, Urupês, além de outras localidades. 
Uma das organizadoras do reencontro, Vanessa Maria de Souza Silva, falou desse momento único vivido pela turma no último sábado. “Eram 40 anos de saudade, porque a gente foi muito feliz aqui. Tempos bons, em que todos eram unidos. Então, o que a gente conseguiu fazer para quem pôde, já que muitos não conseguiram vir por questões de data, foi marcar agora, aproveitando a semana do feriado. Estamos tão assim que vocês não têm ideia, voltando há 40 anos no tempo, revivendo lembranças boas que tivemos aqui. Não dá pra descrever. É muito gostoso estar com os amigos com quem estudamos aqui há muitos anos”, relatava ela, entusiasmada e feliz.
Vanessa conseguiu até viajar no tempo recordando boas histórias ao lado dos colegas de faculdade. “O pessoal tá andando aqui pelo campus e fala ‘lembra a gente descendo aqui’. ‘Lembra o vendaval que teve, nós entramos nessa sala e ficamos debaixo das mesas’. Cada um vai falando o que lembra, e a gente vai revivendo tudo isso um pouquinho, é maravilhoso. Não tinha como ser diferente, nosso primeiro encontro precisava ser aqui. Agora queremos fazer outros em outras cidades. Enquanto estivermos vivos nós vamos nos reunir, e mais adesão teremos, pode ter certeza”, considera, otimista.

Muita emoção

Cirurgiã dentista aposentada há três anos, Sueli Aparecida Thomaz veio de Bebedouro, interior de São Paulo. Estava visivelmente emocionada com o passeio pelo campus 1. “A emoção é indescritível, tudo diferente. Parece que estamos chegando agora e vendo isso aqui pela primeira vez, tamanha é a mudança desse local que cresceu e está enorme. E rever os amigos considerando os problemas de doença que o mundo passou nesses últimos anos, estando todos saudáveis, é muita emoção. É só festa agora”, dizia.
Maria Inês Dalessandro mora em São Bernardo do Campo, na região do ABC Paulista. Voltou a Prudente pela primeira vez depois que se formou aqui. Com a voz embargada e os olhos cheio de lágrimas descreveu o sentimento daquele sábado. “É muito emocionante, a ponto de não conter a emoção. Tá sendo maravilhoso encontrar com os amigos que eu não vejo há 40 anos e voltar a essa faculdade e ver o quanto ela mudou pra melhor, com tanta tecnologia”.
O casal Luiz Rotta e Maria Ângela Rotta começaram a namorar nos tempos da faculdade. O namoro vingou. Eles se casaram, tiveram filhos e até hoje trabalham juntos como cirurgiões dentistas na clínica que têm em Prudente. Eles foram os grandes anfitriões da turma, justamente por morarem em Prudente. Também estavam felizes com o momento. “A gente tem o costume de falar para as pessoas que estão entrando na faculdade para que curtam que é a melhor fase da vida. E a melhor fase da vida é aquela que você tá vivendo né, ou seja, o teu momento. Mas pra gente é uma alegria muito grande, porque a maior parte desses colegas nós encontramos pela última vez na colação de grau, 17 de dezembro de 1982. Então, você imagina a euforia que nós estamos de relembrar os momentos da faculdade, as festas, enfim. Tá sendo uma alegria muito grande”, destacou ele.
Sobre o romance que terminou em casamento, a esposa dele, Maria Ângela, é só gratidão, já que além dos filhos André e Isabela que também se formaram em Odontologia na Unoeste, ganharam há dois anos a Antônia, primeira netinha do casal. E neste momento estão ansiosos aguardando a chegada da segunda netinha, irmãzinha da Antônia. É que a filha Isabela está gestante novamente, de cinco meses. “A gente agradece a Deus, lógico, por tantas bênçãos e toda essa movimentação que temos aqui. Hoje eu e Luiz trabalhamos juntos com nossos filhos. Agora o legal é que a gente fica imaginando que em 40 anos quantas mudanças tiveram, quantas histórias, quantas superações, conquistas. A gente fica muito feliz quando vive esse momento. Tanto que depois dessa visita na faculdade vamos recebê-los em casa pra celebrar”.
Otimista como Vanessa e a maioria da turma, Luiz também espera que novos reencontros aconteçam daqui pra frente. “Eu acredito que uma boa parte do pessoal que não pode estar presente vai se animar com a ideia. Porque imagina eles olhando pra gente, com esse brilho no olhar, com essa alegria, com essa felicidade, você imagina que não vão querer estar juntos? Certeza. Então, acho que esse aqui é o primeiro encontro dos nossos próximos 40 anos que ainda teremos pela frente”, afirma.

Foto: Emerson Sanchez/Unoeste

Egressos mais brincalhões até sentaram e deitaram nas cadeiras, simulando cirurgias no ambiente de aprendizagem

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