Às vésperas, movimento aumenta nos supermercados

Conforme gerências de estabelecimentos, clientes deixaram as compras para a última hora; consumidores decidem comprar menos

PRUDENTE - ANDRÉ ESTEVES

Data 24/12/2016
Horário 08:10
 
Se até o início desta semana a procura nos supermercados era tímida, os empreendimentos amanheceram ontem com a casa cheia. De acordo com os representantes das unidades ouvidas pela reportagem, isso já era esperado, tendo em vista que é costume do brasileiro deixar as compras para a última hora. Segundo o subgerente do Supermercado Estrela do Jardim Bongiovani, Leandro de Souza Pedrosa, até quinta-feira, os clientes estavam bastante indecisos se deviam comprar ou não, no entanto, a sexta-feira registrou grande movimento, que deve ser ainda mais intenso no decorrer do dia de hoje. "O nosso expediente vai até às 19h, mas certamente não sairemos daqui tão cedo, porque até mesmo no último minuto vai ter gente querendo comprar", expõe.

Jornal O Imparcial Movimento deve ser ainda mais intenso nos locais hoje

Leandro estima um crescimento de até 40% em relação aos dias normais e aponta que os produtos que mais devem sair são as carnes. "O pessoal procura bastante as aves, mas as carnes ainda se sobressaem, pois muitos preferem fazer o tradicional churrasco", comenta.

O gerente do Supermercado Avenida, Joelson Tonietti, por sua vez, espera que as vendas aumentem 20% em relação a novembro e até 5% em comparação a dezembro do ano anterior. O número é baixo, mas significativo, considerando que o segmento também se recupera da crise econômica que comprometeu o país, afirma Joelson. Entre os produtos que mais devem ser vendidos até amanhã estão panetones, cestas de Natal, bombons, vinhos e cerveja, esta última sem nunca perder a popularidade. "Não tem jeito, o brasileiro não deixa de tomar a sua cervejinha", diz.

 

"Preços razoáveis"


A manhã de ontem foi de grande movimento e prateleiras cheias nos supermercados prudentinos. Em relação aos preços, as opiniões dos clientes se dividem. A faxineira Eva Lucinda da Silva, 70 anos, afirma que não achou os produtos tão caros, mas que pretende economizar o máximo possível. Neste ano, os itens levados para casa foram frango, panetone e as frutas secas.

O aposentado Ailton Menezes, 50 anos, ficou tão dividido quanto aos valores que decidiu fazer as compras em diferentes supermercados. Para isso, realizou antes uma consulta de preços. "Os frios estão mais baratos, enquanto a cerveja está muito cara. Eu senti nela um aumento de 10% a 15%", aponta. No lugar da cerveja, o aposentado optou pelos refrigerantes. "Nesse Natal, as despesas acabaram saindo um pouco do orçamento, mas acredito que seja normal por conta do ano difícil que vivemos", avalia.

O advogado Renato Mendonça Nazaré, 40 anos, por sua vez, achou "em conta" o preço dos produtos, mas pontua que o aumento foi visível. "Assusta um pouco", pondera. Em seu carrinho, ele colocou chester, tender, cerveja, carne e bebidas. O dirigente sindicalista Luciano Fukuda também fez sua passagem pelo supermercado para comprar as bebidas que vão servir de presente para seus colaboradores. Já o aposentado Alberto Seabra, 70 anos, destaca que alguns itens estão mais caros enquanto outros, mais baratos. "As compras desse ano estão dentro do orçamento, mas tive que comprar bem menos", pontua.

 
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