Atenção constante às condições sanitárias e monitoramento dos animais são essenciais

Cristiano Machado

Pesquisadora Anita Schmidek, da APTA, detalha os cuidados necessários para controlar o problema, que pode resultar em queda de rendimento, perda de peso, queda na imunidade e até risco de morte do animal

COLUNA - Cristiano Machado

Data 20/08/2021
Horário 07:00
Foto: Daniel Guimarães/AgriculturaSP
 Para Anita Schmidek, conhecer o “inimigo” é essencial no controle do problema. O impacto da questão para o criador é evidente: diminuição no rendimento do animal e risco real de mortes no plantel 
Para Anita Schmidek, conhecer o “inimigo” é essencial no controle do problema. O impacto da questão para o criador é evidente: diminuição no rendimento do animal e risco real de mortes no plantel 

Uma entrevista especial sobre um dos problemas mais comuns que atingem equinos no Brasil será destaque do programa “Agro & Negócios”, nesse domingo, dia 22 de agosto, às 7h, na Rádio 101 FM. A pesquisadora da APTA (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios) Regional de Colina, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Anita Schmidek, falará sobre carrapatos, que trazem desconforto aos animais e podem levar à perda de rendimento e problemas sérios de saúde. Atenção constante às condições sanitárias da propriedade e monitoramento dos animais são essenciais para controle do problema, orienta a pesquisadora.
As consequências de um quadro anêmico podem ser queda de rendimento, perda de peso, queda na imunidade e até risco de morte do animal. Apesar de perigoso, esse não é o único problema associado diretamente a esses aracnídeos.
Para a especialista, a irritação e incômodo causado pela picada dos carrapatos podem ainda causar alterações hormonais que prejudicam a imunidade do equino, influenciar na qualidade do sono (induzindo a alterações hormonais que prejudicam o crescimento e a renovação celular) e ocasionar a redução do apetite ou relutância em pastar, conduzindo a problemas de desnutrição.
Além dos efeitos diretos, Anita diz haver outros danos indiretos potencialmente graves desencadeados pelas picadas de carrapatos infectados. São as chamadas hemoparasitoses (conhecidas popularmente como piroplasmose, nutaliose ou tristeza parasitária), causadas por protozoários que invadem as células sanguíneas. No Estado de São Paulo, os mais comuns são as espécies Babesia caballi, Theileria equi e Anaplasma phagocytophilum. “Apesar de haver particularidades nos sintomas, todas elas podem conduzir a anemia, problema hepático, esplênico (de baço), pulmonar, cardíaco, neurológico e inflamação crônica”, alerta a pesquisadora da APTA. “Entre os sintomas comuns, se percebe queda no desempenho, orquite (inchaço nos testículos), dificuldade em emprenhar, abortos, natimortos, potros fracos, podendo haver morte súbita em todas as idades”, complementa.

Os potros
No caso dos potros, a pesquisadora afirma que os danos trazidos pelos carrapatos podem ser ainda mais intensos. Além de serem mais sensíveis aos problemas já citados, pode haver ainda a transmissão transplacentária dos hemoparasitas da mãe para o feto, durante a gestação. “Nesse caso, o potro já nasce doente, podendo apresentar sintomas como fraqueza, dificuldade para se levantar e mamar, febre, diarreia, respiração ofegante, icterícia (pele das mucosas amareladas), urina escura e problemas neurológicos”, afirma a especialista, acrescentando haver indícios de que o quadro pode ser piorado pela presença de substâncias inflamatórias (citocinas) no leite das éguas infectadas, ao serem ingeridas pelos potros recém-nascidos, durante a amamentação.

Os prejuízos
O impacto desse conjunto de problemas para o criador é evidente: diminuição no rendimento do animal e risco real de mortes no plantel. Segundo ela, conhecer o “inimigo” é essencial no controle do problema.
Para reduzir ou eliminar a presença de carrapatos no rebanho, a pesquisadora diz que é preciso saber distinguir os carrapatos no corpo do equino, conhecer seus ciclos de vida e, identificar os carrapaticidas efetivos para o contexto de cada propriedade. (Com informações da AgriculturaSP) 

 
"Crédito de extrema importância para auxiliar o produtor rural no desenvolvimento de sua atividade, menos burocrático e mais ágil, desde o momento da solicitação dos associados juntos à sua agencia bancária até efetivamente a liberação do saldo na conta corrente do associado".
Rosimeire Luvison, assessora de Crédito da Sicredi Rio Paraná PR/SP sobre a facilidade da CPR (Cédula de Produto Rural), em entrevista ao programa "Agro & Negócios", que vai ao ar domingo, dia 22, às 7h, na Rádio 101 FM, de Presidente Prudente. Confira o conteúdo na íntegra no www.norteagropecuario.com.br 
 


“Temos todas as condições de deslocar o centro gravitacional da produção industrial do mundo para o Brasil. Aqui nós temos inúmeras rotas energéticas disponíveis que não são concorrentes, pelo contrário, são complementares. Nenhum lugar no mundo tem tanta condição de trabalhar isso, de fazer a oferta energética sustentável como o nosso país tem”. 
Evandro Gussi, presidente da Única (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), durante seminário promovido pela FER (Frente Parlamentar de Energia Renovável), na quarta-feira, em Brasília.
 

 


 
 

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