Atos contra preço do diesel ocorrem em 5 cidade

Em Prudente, caminhoneiros se concentraram nas laterais da Rodovia Raposo Tavares (SP-270) e Avenida Joaquim Constantino

REGIÃO - ANDRÉ ESTEVES

Data 22/05/2018
Horário 19:41
José Reis - Em PP, manifesto teve início por volta das 7h, com adesão de 200 motoristas
José Reis - Em PP, manifesto teve início por volta das 7h, com adesão de 200 motoristas

Caminhoneiros voltaram a cruzar os braços contra o aumento do preço do óleo diesel na 10ª RA (Região Administrativa do Estado de São Paulo). Hoje, foram registrados atos em Osvaldo Cruz, Panorama, Presidente Prudente, Teodoro Sampaio e Tupi Paulista. Na maior cidade da região, os protestos começaram por volta das 7h e se concentraram nas laterais da Rodovia Raposo Tavares (SP-270) e Avenida Joaquim Constantino, nas proximidades do Campus 2 da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista). A organização do movimento calculou que apenas durante a manhã, houve adesão de cerca de 200 motoristas.

A PMR (Polícia Militar Rodoviária) esteve no local para acompanhar a ação e esclareceu que o manifesto transcorreu de forma pacífica e não afetou o tráfego, uma vez que a passagem de veículos permaneceu liberada. Em nota, a Cart (Concessionária Auto Raposo Tavares) corroborou que houve movimentação de caminhoneiros na Rodovia Raposo Tavares (SP-270), mas que o fluxo seguiu com normalidade. A empresa sinalizou a rodovia a fim de garantir a segurança dos motoristas.

O caminhoneiro Marcos Rogério Estopa explica que os participantes abordaram todos os motoristas que circulavam pelo trecho e fizeram o convite para que aderissem ao movimento de forma voluntária. Não foram parados aqueles caminhões que transportavam cargas vivas, perecíveis ou com material hospitalar. O manifestante reforça as reivindicações da categoria, que se mobiliza desde segunda-feira contra os “altos preços” do combustível. “Queremos que o governo entenda que caminhão não gera ouro e precisamos de uma baixa nos valores para trabalhar”, expõe. Marcos ressalta que não houve bloqueio na pista e todos os caminhões ficaram enfileirados nas laterais de ambas as vias justamente para que não houvesse qualquer tumulto no fluxo de veículos.

O caminhoneiro Gilson da Silva, 33 anos, interrompeu a sua viagem para participar do ato que, segundo ele, é uma forma de “buscar melhorias para o transporte, que vai de mal a pior”. “Hoje, se pegamos um frete do Mato Grosso do Sul até Santos [SP] pelo valor de R$ 7 mil, voltamos com R$ 2 mil. O resto fica na estrada por conta do diesel e do pedágio”, lamenta o trabalhador, que alerta para o caos que seria caso os caminhoneiros parassem por cinco dias. Isso porque, de acordo com o caminhoneiro Cirso Francisco, 61 anos, todos os cidadãos dependem dos caminhões para o transporte de mercadorias.

 

Queda anunciada

Conforme a Agência Brasil, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, após uma reunião com os ministros da Fazenda, Eduardo Guardia, e de Minas e Energia, Moreira Franco, hoje, afirmou que o governo nunca considerou alterar a política dos reajustes de valores dos combustíveis, que estão relacionados aos preços internacionais e ao câmbio. Em contrapartida, a gasolina e óleo diesel ficam mais baratos nas refinarias de todo o país a partir de amanhã. Segundo a agência de notícias, o diesel indica uma queda de 1,54% depois de sete altas consecutivas. Questionado se tal redução foi feita por pressão política, sobretudo após os protestos dos caminhoneiros, Parente esclareceu que a decisão se deu em virtude da queda do dólar ontem.

 

 

 

 

 

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