Bancários reivindicam reajuste real de 5% mais inflação

Categoria pleiteia a contratação de funcionários, já que afirma ter perdido 2,6 mil postos apenas neste ano em âmbito nacional

PRUDENTE - GABRIEL BUOSI

Data 29/06/2018
Horário 09:01
Edmilson Trevizan/Cedida - Ato em Prudente marcou início das negociações da categoria com a Fenaban
Edmilson Trevizan/Cedida - Ato em Prudente marcou início das negociações da categoria com a Fenaban

Ocorreu ontem, na capital paulista, a primeira etapa de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), já que a categoria, conforme o Sindicato dos Bancários e Financiários de Presidente Prudente e Região, reivindica um reajuste salarial com base na inflação, que é calculada em mais ou menos 1,8%, além de um aumento real de outros 5%, bem como o aumento no número de funcionários dentro das agências. Se concedido, o acordo pode beneficiar aproximadamente 1,2 mil funcionários das 17 cidades atendidas na região.

Segundo o presidente do sindicato em Presidente Prudente, Edmilson Trevizan, um acordo foi firmado com a categoria há dois anos no que diz respeito às questões salariais, por exemplo, documento este que se encerra no dia 31 de agosto de 2018, sendo que, no ano passado, o reajuste real foi de 1%, além da inflação do período. “O acordo, na época, foi sim um benefício para nós, mas ele vai encerrar e queremos a renovação com a garantia de todos os nossos direitos, para que não haja retrocesso, além dos 5% de aumento real e da inflação do período do término, que estimamos em algo perto de 1,8%”, salienta.

A expectativa com a proposta, no entanto, não era das mais positivas para ontem, já que a categoria esperava uma negociação difícil, pois, do outro lado, conforme Edmilson, estão os banqueiros que trabalham na intenção de, muitas vezes, “retirar os direitos” da categoria conquistados ao longo dos anos. “Por isso, essa conversa vai além do cunho financeiro, do reajuste salarial. Os funcionários estão sobrecarregados. Apenas nestes seis meses de 2018 já foram fechados 2,6 mil postos de trabalho no nosso setor, em nível nacional, e não houve substituição, por isso, queremos novas contratações”.

Na segunda-feira, no calçadão de Presidente Prudente, o Sindicato dos Bancários e Financiários da região participou de um ato, que se caracterizou pelo lançamento de uma campanha que vai percorrer diversos municípios e visa divulgar as negociações ocorridas entre a categoria e a Fenaban, mas Edmilson lembra que, até o momento, não há previsão de greve ou manifestações no sentido de paralisar os serviços, e informa que não houve ainda uma contraproposta em relação ao que foi oferecido pelo Comando Nacional dos Bancários. “Possivelmente não sairá uma resposta hoje [ontem], nessa primeira negociação esperamos que um calendário seja montado, junto do debate de alguns temas, como saúde e condições de trabalho”, lembra.

A Fenaban foi procurada pela reportagem e esclareceu não ter um posicionamento, visto que ontem foi o início de uma série de conversas, sendo eu não houve nenhum tipo de avanço nas negociações.  

Publicidade

Veja também