Bancários rejeitam proposta de 7% de reajuste e greve segue

PRUDENTE - MELLINA DOMINATO

Data 29/09/2016
Horário 09:14
 


O Comando Nacional dos Bancos, ou seja, a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), rejeitou ontem a primeira proposta feita pelos banqueiros, durante as negociações da categoria em 2016, cuja paralisação dos serviços chega hoje ao seu 24º dia. O presidente do Sindicato dos Bancários de Presidente Prudente, Edmilson Trevizan, explica que, na tarde de ontem, a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) fez uma proposta de 7% de reajuste mais abono de R$ 3,5 mil para 2016. No entanto, tal oferta não foi bem recebida pelos trabalhadores. Um novo encontro entre as partes deve ocorrer hoje.

"O comando nacional já nos informou que vai rejeitar esta proposta. Então, a negociação pode ser estender para os próximos dias", relata o sindicalista. Anteontem, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região informou que a Febraban propôs um novo modelo de acordo, com validade de dois anos (2016 e 2017). Um balanço feito pela entidade mostra que 914 locais de trabalho, sendo 12 centros administrativos e 902 agências, fecharam as portas na terça-feira. "Estima-se que mais de 36 mil trabalhadores participam das paralisações. Durante todo o período de greve, o autoatendimento continua funcionando normalmente", pontua o sindicato.

Por meio de sua Assessoria de Imprensa, a Fenaban confirma que ampliou a oferta de abono para R$ 3,5 mil, com mais 7% de reajuste salarial, extensivo aos benefícios. Acrescenta que propôs que a convenção tenha duração de dois anos, com a garantia, para 2017, de reajuste pela inflação acumulada e mais 0,5% de aumento real. "A proposta para 2016 garante aumento real para os rendimentos da grande maioria dos bancários e é apresentada como uma fórmula de transição, de um período de inflação alta para patamares mais baixos", expõe a federação. "Com a previsão de índices mais moderados e maior estabilidade a partir de 2017, foi possível acrescentar essa nova proposta, antecipando a fórmula para o próximo ano, a ser oficializada na convenção coletiva", complementa.
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