Busca por planos de saúde e odontologia cresce em Prudente

Segundo ANS, pacotes de assistência médica tiveram elevação de 1,91%, já os odontológicos registraram crescimento de 5,25%

PRUDENTE - MELLINA DOMINATO

Data 04/01/2024
Horário 07:20
Foto: Freepik
Usuários de planos de assistência médica foram de 89.908, em 2022, para 91.627, em 2023
Usuários de planos de assistência médica foram de 89.908, em 2022, para 91.627, em 2023

Dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) revelam que o número de beneficiários em planos de saúde e odontologia, em Presidente Prudente, aumentou no último ano. Conforme o órgão, em relação aos pacotes de assistência médica, os usuários foram de 89.908, em outubro de 2022, para 91.627, no décimo mês de 2023, o que corresponde a 1.719 usuários a mais em 2023, ou seja, elevação de 1,91%. Quanto aos planos exclusivamente odontológicos, estes foram de 24.213 para 25.486 clientes no mesmo período de comparação, o que representa mais 1.273 beneficiários, um crescimento de 5,25%.

A ANS enfatiza que tais dados foram informados pelas operadoras ao SIB/ANS (Sistema de Informação de Beneficiários). “É importante destacar que esses números podem sofrer alterações retroativas em razão das revisões efetuadas mensalmente pelas operadoras”, frisa. Para o economista Alexandre Godinho Bertoncello, a demanda pode ser justificada por priorização pelos prudentino da própria saúde, bem como também do próprio dinheiro, ao levar em conta a reforma tributária que deve elevar os impostos dos serviços a partir deste mês. 

“Por que as pessoas pagam por alguma coisa? Porque aquele bem, numa relação de demanda, tem mais valor do que seu dinheiro. Muito provavelmente, essa pessoa não está conseguindo esse acesso no setor público e, levando em consideração que a saúde é uma coisa essencial para todo mundo, as pessoas estão preferindo se abster de outros consumos para ter o básico, que seria a saúde”, comenta o economista. “Isso justificaria um aumento. Mas, uma outra coisa é a própria reforma tributária, na qual os impostos de serviços vão aumentar muito. Então, fechar um contrato agora e travar o preço durante um ano talvez seja muito mais importante do que um presente de Natal”, afirma.

“Então, se unirmos as duas coisas, percebemos que o prudentino está priorizando o serviço, sim. Mas, está, principalmente, priorizando os seus recursos, o seu bolso. Porque se você juntar que você doente não produziria muito bem e, por esse motivo poderia perder dinheiro, e, ao mesmo tempo, se você fechar um acordo para daqui a pouco esse preço poder subir em até 18%, quer dizer que vale a pena, sim, priorizar esse serviço”, complementa.

Questionado se é importante pagar um plano de assistência, pontua que pessoas que são organizadas com suas despesas podem optar por poupar para quando houver necessidade de atendimento médico ou odontológico em uma instituição particular. “Aquilo que eu pagaria em planos, eu coloco em uma reserva separada. Por esse motivo, compensa o dinheiro guardado estar aumentando mais do que se pagasse um plano. Mas, se a pessoa que não tem esse controle, deve, sim, pagar, porque na hora que precisar, infelizmente a saúde não pode esperar”, recomenda.

Dica de economia

A dica do economista para conseguir economizar, de forma geral, é pensar no futuro, não apenas em relação à saúde, mas sobre algo que seja importante para cada pessoa e, assim, fazer uma reserva de “emergência/sonhos”. “Aí, talvez motive o psicológico das pessoas de começar a entender: se tiver uma emergência, eu tenho esse dinheiro, ou se aparecer uma oportunidade, eu tenho esse dinheiro. E, se não acontecer algo bom nem ruim, eu realizo um sonho e faço uma viagem, por exemplo, com saúde, com dinheiro e sem dívidas. Acho que dessa forma a gente consegue ter um feliz 2024”, finaliza.

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Economista: “Percebemos que o prudentino está priorizando a saúde e seu bolso”

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